A vendedora ambulante Edilene Souza Teles deu entrevista a TV Record afirmando que o ato de encher garrafas vazias com água de gelo derretido, no Circuito Osmar do Carnaval 2016, no Campo Grande, era para oferecer aos foliões do bloco as “Muquiranas”. Em uma publicação na internet, um internauta insinua que a vendedora revendia o produto.

Edilene está grávida de sete meses e veio de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, para vender água e cerveja no circuito do Carnaval. Por causa da repercussão negativa nas redes sociais, ela deixou de vender seus produtos com medo de retaliações de foliões. Ainda segundo Edilene, os foliões Muquiranas exigiam a água suja em troca de comprar cerveja, para encher as pistolas com água, e assim atirar nas pessoas durante o percurso, “brincadeira já tradicional no bloco”.

Nas imagem dá para ver a vendedora enchendo as garrafas e colocando no chão, mesmo assim houve quem alegasse que ela revendia o produto.

O vídeo do flagrante foi postado em uma página no Facebook. com a seguinte mensagem:

“A pessoa que filmou disse que a mulher após encher as garrafas colocava no isopor para vender.

E aí, qual a desculpa pra isso!??

Bom ou ruim, está trabalhando! Tá levando algum trocado pra casa. Precisa disso? Não sei nem que nome dar à isso, só posso dizer que seres humanos assim dão nojo!

Não sou fresco por não consumir certas coisas na rua (não imaginava que teria que excluir a água também).
Não pego pesado quando critico as coisas que acontecem aqui. Sabe Pq? CONHEÇO MEU GADO!”

Defesa

O Chefe de Cerimonial da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), questionou em sua página no Facebook, quem pagará o prejuízo que a vendedora ambulante teve com toda essa repercussão negativa?.

Por que somos assim? Por que temos toda a energia para apontar o dedo e crucificar as pessoas, sem ao menos conhecer a veracidade dos fatos?

Nos dias de hj, qualquer um vira filósofo, grande cientista, sabedor de todos os assuntos..

Quer dizer.. quase todos. O que falta para esses ditos “intelectuais das mídias sociais” é ter uma visão mais humanística dos fatos.

Durante o carnaval, um vídeo foi produzido por um desses “intelectuais”, no qual divulgava uma ação de uma ambulante que enchia uma garrafinha de água mineral VAZIA e SEM ROTULO com a água do gelo derretido da sua caixa de isopor.

Pronto. Esse “intelectual das mídias sociais” jogou esse vídeo em todas as redes possíveis. O objetivo dele foi atingido: muitas curtidas e comentários de outros “intelectuais” condenando a atitude.

Assisti tudo isso, calado. Aliás, já estou calado para algumas coisas há algum tempo, pois a hora certa está chegando!

Bem.. graças a Deus que um jornalista (unico) teve a percepção de apurar o outro lado da verdade!

A verdade: D. Edilene, é ambulante, moradora de Feira de Santana, tem 2 filhos, grávida de 7 meses, e veio trabalhar no Carnaval de Salvador para ajudar na renda de casa.

Ai vc me pergunta: sim Rogério, não quero saber da vida dela não. Quero saber é da água que ela vendia!

Ai eu digo: Querido (a), no Carnaval existem algumas coisas que apenas quem é do povão sabe! Quando o bloco As Muquiranas passa, os seus associados so compram cerveja de ambulantes que aproveitam para encher as suas pistolas de água!

O que D. Edilene fez foi apenas se preparar para os associados dos blocos que estavam chegando, tanto que a garrafinha estava SEM ROTULO e no chão, não dentro do isopor!

Resumo da historia: a menina foi apedrejada por todos os “intelectuais das mídias sociais”, o vídeo ganhou repercussão nacional, ela foi difamada, não vendeu nada durante o carnaval, teve os filhos apreendidos pelo Conselho tutelar, e está abalada psicologicamente.

Agora eu que pergunto: quem paga essa conta?!

Porque SIM!”

Confira as imagens:

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