Anderson Silva, sofreu a pior derrota de sua carreira na madrugada do último final de semana, perdendo o cinturão de campeão dos pesos médios para o americano Chris Weidman. O grande nome da história do MMA, que nunca havia sido nocauteado até então, conta com exclusividade para a GQ qual foi a sensação de perder, rebate as criticas de que teria entregado a luta e confirma a revanche com data marcada: dia 28 de dezembro.

GQ: Qual o impacto da derrota para a marca Anderson Silva?

Anderson Silva: não muda muito. Depois de perder, tenho que me preparar novamente e voltar a lutar. Aliás, confirmo a revanche, que será no dia 28 de dezembro deste ano.

Se pudesse voltar ao início do 2°round desta última luta, faria algo diferente?

Acho que eu me focaria mais. Faria um caminho inverso, mas não mudaria a tática. Tenho confiança de que fiz o meu jogo só que acabou não dando certo. Jogo é jogo, se pode ganhar ou perder.

Qual foi a primeira sensação que você teve ao perceber que havia sido nocauteado?

Sensação ruinzinha… Na verdade ainda a tenho. Nunca tinha sido nocauteado na minha carreira. Não gostei.

Como foi contar aos seus filhos sobre a derrota?

Poxa, eles estavam assistindo à luta e conhecem o pai deles. Sabem que aquilo é nosso ganha-pão e o nosso futuro. Fui trabalhar e voltei para casa com um final inesperado. Mas, como eles mesmos dizem, para eles serei sempre campeão.

O que você tem a dizer sobre as especulações de que a luta tenha sido manipulada ou que você teria facilitado a derrota?

Isto é loucura. Fiquei quatro meses focado em treino. Tinha gente do time chorando e tudo mais. Eu sou responsável. Jamais entregaria uma luta. Jamais.

O que achou da reação da imprensa brasileira? E sobre as declarações feitas por outros lutadores nas redes sociais?

De verdade, eu fiquei chateado. Sempre fui aberto à imprensa, não sou celebridade, sou atleta. Eles poderiam entender melhor o que aconteceu e passar a noticia certa para o publico. Saber que atleta um dia vence e no outro perde. Meu filho me ligar chorando porque os amigos chamam o pai dele de “brincalhão” – porque os pais leram isso – não é bacana. Mas é como eu disse para ele, um dia rei, no outro bastardo. Temos que seguir em frente.

Qual o tamanho dessa derrota para você? É só mais um momento difícil na sua carreira ou é algo que te fará mudar determinadas coisas na vida?

O mais importante para mim foi perceber que as pessoas gostam de mim e querem me ver sempre vencendo. Mas também foi importante para reafirmar que eu não sou invencível. Ninguém é. Todo muito tem seus dias ruins.

Quais os planos para o resto do ano?

Treinar e cumprir minha agenda de compromissos fora do UFC . Tenho filmes para gravar e comerciais, tudo continua.

O que você gostaria de dizer ao seus fãs?

Gostaria de dizer, antes de tudo, que errar é humano. Jamais entregaria. Só que luta é luta. Na vida, lutamos muito e nem sempre dá certo, mas nem por isso deixamos de ser batalhadores. Tem que levantar, dar a volta por cima e continuar lutando. Venceremos lutando, mas não quer dizer que sempre ganhando. Isso é o que eu levo pro octógono e para a minha vida.

As informações são do GQ.