O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se tornou alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) por divulgar uma fake news sobre a vacina contra a Covid-19 em live transmitida nas redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura da apuração na sexta-feira (3), atendendo a um pedido feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

A polêmica transmissão ao vivo feita pelo chefe do Executivo aconteceu no dia 22 de outubro, quando ele leu a informação falsa relacionando a imunização contra a Covid-19 com o desenvolvimento da Aids, algo prontamente desmentido pelos especialistas no assunto.

Em seu despacho, Alexandre de Moraes criticou a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentar tratar do assunto internamente, abrindo apenas uma apuração preliminar e recomendando o arquivamento do pedido da CPI. A PGR, por sua vez, afirma estar agindo com base e nos limites da Constituição Federal.

Até então, Bolsonaro apenas foi penalizado pelas redes sociais, já que Facebook, Youtube e Instagram tiraram a live do ar. Posteriormente, o próprio presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, veio a público para reafirmar que as vacinas administradas no Brasil são seguras, e que nenhuma aumenta a propensão de adquirir outras doenças.

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