psicologa agredida no carnaval

Enquanto uma multidão curtia, a terça-feira de carnaval em Salvador, festa considerada por muitos como um dos melhores eventos populares do mundo, a psicóloga Josie Datolli vivia um verdadeiro pesadelo dentro do circuito Dodô (Barra-Ondina).

Numa publicação em seu perfil do Facebook, que já teve mais de 200 compartilhamentos, a jovem relatou momentos de pânico dentro do bloco Camaleão, puxado pelo cantor Bel Marques, quando sofreu agressão física e foi roubada por duas mulheres que também estavam trajadas com a roupa (abadá) especifica do grupo.

Na publicação, Josie conta que a violência ocorreu no começo do percurso. Segundo a psicóloga, ela foi agarrada pelos cabelos pelas duas mulheres e em seguida recebeu uma série de socos e murros. As criminosas ainda arrancaram os brincos da jovem. Em entrevista ao portal Bahia no Ar, Josie ressaltou ainda, que apesar de seus inúmeros pedidos de socorro, ninguém da organização do bloco, segurança, olho – vivo, ou sequer um cordeiro se mobilizou para ajudá-la. “Elas me empurraram, uma puxou meu cabelo e imobilizou minha cabeça para baixo enquanto a outra socava e esmurrava meu rosto e cabeça. Em todos os momentos pedia para parar, gritei por socorro e ouvi alguns foliões que estavam próximos pedir ajuda e frases como “tira ela”, “separa” e outros pedidos de ajuda. Em nenhum momento um cordeiro, olho-vivo ou segurança do bloco apareceu para prestar ajuda e socorro”. disse.

Depois de ser espancada por vários minutos, Josie foi socorrida por um folião turista que conseguiu livrá-la das agressoras. A jovem foi levada por amigos ao posto médico dentro do circuito e em seguida procurou a polícia. Após registrar o boletim de ocorrência e a psicóloga foi encaminhada ao instituto Nina Rodrigues para exame de corpo e delito.

Ainda durante entrevista ao BNA, Josie revelou que sente ainda fortes dores no corpo e está afastada do trabalho por conta dos hematomas. Na oportunidade ela criticou a falta de segurança e o descaso por parte dos responsáveis pelo bloco. “Na quarta-feira de cinzas, fui na Central do Carnaval do Shopping da Bahia pedir orientação e ajuda, querendo saber como poderia proceder, e eles fizeram pouco caso e não me responderam. Pedi uma negativa por escrito e a nota fiscal do bloco, que me foram negadas. Entrei em contato pela página do Facebook do bloco Camaleão diversas vezes, mas fui ignorada”, falou.

Agora, Josie que aguarda o resultado do exame de corpo de delito, pretende entrar com uma medida judicial. A jovem pede que as pessoas que presenciaram a agressão a ajude com fotos, filmagens ou até que sejam testemunhas do caso.

 

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