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Em nova conversa divulgada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) prometeu ajuda para evitar que seu caso fosse enviado para a primeira instância, no caso, a 13ª Vara Federal de Curitiba, na qual atua o juiz Sérgio Moro.

Sarney é o terceiro interlocutor de Machado a ser alvo de grampos, depois de Romero Jucá (PMDB-RR), que foi exonerado do ministério do Planejamento, e o presidente do senado, Renan Calheiros(PMDB-AL). Machado firmou acordo de delação premiada homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, a conversa foi gravada em março, pelo próprio Machado, mas não expõe com clareza a estratégia discutida por Sarney e Machado. Nos trechos publicados, Sarney se mostra preocupado com uma eventual delação de Machado e pede que não seja intermediada por advogados.

Em um dos diálogos, gravados em março, o ex-senador e ex-presidente manifestou preocupação sobre uma eventual delação de Machado. “Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada”, disse o ex-presidente.

Machado concordou de imediato que “advogado não pode participar disso”, “de jeito nenhum” e que “advogado é perigoso”. Sarney repetiu três vezes: “Sem meter advogado”.

Ao final de uma das conversas, Machado pediu que Sarney entrasse em contato com ele assim que estabelecesse um horário e local para reunião entre eles e Renan.

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