Funcionários das lojas do Shopping Paralela, em Salvador, foram surpreendidos no final da tarde desta terça-feira (29). Por não terem condições de arcar com R$ 12 reais diários, o equivalente à cobrança de estacionamento (R$ 5, nas três primeiras horas e mais R$ 1 por cada hora excedente), muitos proprietários de veículos estacionaram em uma rua não sinalizada, próxima ao centro comercial, na manhã desta terça. O que causou revolta foi que, ao final do dia, a rua já estava com sinalização de proibido estacionar e os carros todos multados pela Transalvador. Uma das funcionárias multadas, que pediu para não ser identificada, justifica que para fugir da despesa, têm deixado o carro na rua. “Não justificaria trabalhar em shopping e pagar esse valor de estacionamento todos os dias. No final do mês eu estaria trabalhando só pra pagar estacionamento”, considerou. Procurada, a Transalvador não justificou a ação até o fechamento desta matéria.
Procurada, a assessoria de comunicação do shopping Paralela informou que o estabelecimento possui uma cota de credenciais destinada aos lojistas. Mesmo assim, os funcionários multados reclamam que as credenciais não são suficientes. “Na empresa em que trabalho só ofereceram ao dono do estabelecimento e ao gerente”, afirmou um funcionário que pediu para não ser identificado por medo de represália.
Funcionários de lojas de diversos Shoppings da capital protestam contra a cobrança de estacionamento, que começou na segunda-feira (22). Além dos clientes, os funcionários das lojas também têm de pagar para deixar os carros estacionados no horário de trabalho deles.
Os shoppings Bela Vista e Itaigara não cobram pelo acesso ao estacionamento alegando ainda não ter estrutura para a cobrança.
CONFIRA A DETERMINAÇÃO DE COBRANÇA PARA FUNCIONÁRIOS APLICADA POR CADA SHOPPING:
BARRA
Lojas âncora recebem três credenciais e três carteiras de mensalista.
“Megastores” recebem duas credenciais e duas carteiras de mensalista.
Lojas Satélite recebem uma credencial e uma carteira de mensalista.
A distribuição das credenciais e carteira de mensalista fica a critério do dono do empreendimento. O valor da mensalidade é R$ 135.
SHOPPING DA BAHIA
As lojas ancôras têm direito a duas credenciais de gratuidade e um cartão de mensalita no valor de R$ 150. As lojas menores ganham um cartão de gratuidade e outro de mensalista. A distribuição das credenciais e carteira de mensalista fica a critério do dono do empreendimento.
SALVADOR NORTE SHOPPING
As lojas âncoras recebem duas credenciais de gratuidade e uma de mensalista. As lojas satélites têm direito a uma credencial gratuita e uma de mensalista. Os quiosques têm direito a uma carteira de mensalista. O valor pago pelo mensalista não foi divulgado.
SALVADOR SHOPPING
O empreendimento informa que estão sendo concedidas credenciais gratuitas para alguns lojistas, como também carteiras de mensalista. A quantidade de benefícios fornecida foi definida levando em consideração o estudo nacional realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) nos centros de compras. Por política interna, o Shopping Salvador não informou o número exato de vagas gratuitas e cobradas mensalmente.
SHOPPING CENTER LAPA
Até o momento, lojistas e funcionários pagam o mesmo valor aplicado para os clientes. Ainda não há definição sobre aplicação de credenciais de gratuidade e carteiras de mensalista.
SHOPPING PIEDADE
O shopping informou que possui um estacionamento exclusivo para os lojistas e que as vagas disponíveis são gratuitas em caráter rotativo, sendo permitido um veículo de cada loja estacionado no local. De acordo com o shopping, a utilização dos espaços se dá por ordem de chegada, até que se atinja a lotação máxima. É obrigatório o cadastramento prévio dos automóveis autorizados. O centro de compras informa ainda que não há opção de vagas para mensalistas.
SHOPPING PARALELA
A assessoria de comunicação do shopping informou que o estabelecimento possui uma cota de credenciais destinada aos lojistas.
Sobre a matéria de multa em ruas próximas aos shoppings, o interessante é q, antes de os shoppings cobrarem estacionamento, as ruas no enterro destes centros não tinham restrições. Mas, logo após a cobrança, vieram as proibições de estacionamento nestes locais. A pergunta q não quer calar: de onde partiu a ideia “genial” desta proibição, tão logo após a liberação de cobrança de estacionamento pelos shoppings? Com a palavra, a Transalvador.