Os policiais militares grevistas que acompanhavam a ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) decidiram manter a greve da categoria, após reunião realizada no Ginásio dos Bancários, nos Aflitos, na manhã desta quinta-feira (09). No encontro, os manifestantes definiram que o movimento só será encerrado quando o governo baiano garantir o pagamento da Gratificação por Atividade Policial (GAPs 4 e 5) em março deste ano e revogar as prisões que foram decretadas pela Justiça. A expectativa era a de que a categoria chegasse a um acordo após a desocupação da AL-BA e da prisão do líder do movimento, Marco Prisco, que se rendeu na madrugada desta quinta.

A decisão, no entanto, não é reconhecida por pelo menos duas associações que representam a categoria. “Não tenho conhecimento da assembleia quanto mais dessa decisão”, afirmou o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM), sargento Pinto. A Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPMBA) – Força Invicta também não reconheceu a legitimidade da decisão e informou que a assembleia da entidade acontecerá às 18h desta quinta-feira (09), no Hotel Fiesta. A Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da sua assessoria, especula que a reunião tenha sido orquestrada pela Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares (Aspra), que é proibida pela Justiça de realizar mobilizações, desde que a sua sede foi lacrada.