Após manifestação realizada na manhã desta quinta-feira (27), em frente à Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento da Bahia (CERB), houve denúncia, nesta sexta-feira (28), de que os trabalhadores em greve há 54 dias, trancariam, por meio do sindicato da categoria, os portões da empresa com cadeados, em virtude do corte salarial de greve dos trabalhadores da empresa

A CERB fica no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. Eles permanecem acampados em frente a sede. A CERB é responsável pela construção de sistemas de abastecimento de água no interior do estado. Os bombeiros foram acionados a ficar de prontidão para arrebentar, se caso fosse, os cadeados que fechariam os portões da empresa.

De acordo com informações do coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente da Bahia (Sindae) Danillo Libarino, a categoria aceitou a proposta de conciliação feita pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Valtércio de Oliveira, durante a audiência na última segunda-feira (24), mas o governo e a CERB ainda não se pronunciaram sobre o assunto.” Como eles não se pronunciaram, a categoria decidiu manter a greve até a próxima terça (1º), quando haverá nova audiência no TRT. No dia 02 de setembro vamos fazer uma assembleia com os trabalhadores e decidir os rumos das negociações e da paralisação”, afirmou Danillo.

Na assembleia de terça (25) ficou decidida a aceitação da proposta do presidente do Tribunal: 8,17% de reajuste parcelados em duas vezes, mas sendo 5% retroativos a primeiro de maio (e não 4,5%) e o restante em novembro, sem retroatividade, além de aumento de R$ 7,00 em todas as faixas da diária, auxílio alimentação de R$ 6,50 sem incorporação ao salário ou com um reajuste e incorporação, mais abono de 50% dos dias parados e compensação para os outros 50%, além de deixar a discussão do Planserv para um momento posterior. Quanto ao corte dos dias parados, o sindicato ficou de entrar ontem (26) com um recurso na Justiça pedindo agilidade no julgamento da liminar que trata dessa questão.

Além disso, durante o ato, o sindicato teria alegado que a polícia estaria reprimindo a manifestação dos empregados e uma possível confusão e confronto com a polícia foram gerados.