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“Minha mãe fazia hemodiálise há 7 anos e estava precisando ser regulada para um hospital para fazer o procedimento, mas devido a demora, ela não resistiu e morreu”, relataram em meio a lágrimas de tristeza e revolta os familiares de dona Irenia Santos. Por mais de três dias a idosa esperou na UPA de Itinga em Lauro de Freitas a transferência para um hospital, mas não resistiu e veio a óbito sem receber o atendimento necessário.
A assessoria de imprensa da unidade, que é terceirizada e passou a funcionar no início deste mês atendendo também a demanda de urgência e emergência do Hospital Jorge Novis fechada pela gestão sob a alegação de falta de estrutura para atender a demanda, afirmou que o atendimento foi prestado a Irenia, que passou a noite na UPA já no aguardo da Regulação. A idosa também já teria chegado em estado grave na unidade municipal e teve toda assistência necessária.
Além deste trágico episódio, pacientes também denunciaram a falta de estrutura e descaso no atendimento. “Cheguei aqui porque já havia seis dias com uma forte dor de cabeça, a atendente me mandou aguardar esperei por mais de três horas e voltei a perguntar só então ela me informou que não estavam atendendo cefaleia. Eu fiquei revoltada, pois perdi tempo e não fui atendida”, conta a vendedora Maurina Amaral.
Na porta da unidade, um aviso alerta para os critérios de atendimento. A administração da UPA restringiu os atendimentos para os grupos avaliados em amarelo e vermelho. Os pacientes classificados em verde estão sem previsão para atendimento. “Não tem se quer alimentação para os pacientes, os familiares estão trazendo de casa. Se o prefeito viu que não tinha condição, não inaugurasse”, denunciou a dona de casa Lindinalva Santana.
A Secretaria Municipal de saúde alega que a unidade é composta por quatro médicos, sendo dois clínicos e dois pediatras. O serviço funciona por 24 horas e todos os leitos estão ocupados por causa do grande fluxo.