O desastre ambiental no Rio Sapato chocou a população de Lauro de Freitas. No mês de janeiro, milhares de peixes foram encontrados mortos boiando as margens do afluente que banha o bairro de Vilas do Atlântico.

A análise das águas comprovou que a causa da mortalidade dos cardumes deve-se aos altos índices de poluição. O relatório de ensaios apontou a existência de 15 mil UFC (Unidades Formadoras de Colônias) de coliformes termotolerantes (ou coliformes fecais) por 100 ml de água – 15 vezes acima do aceitável para rios como o Joanes e o Ipitanga, pelos parâmetros do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para o Programa Monitora, que avalia a qualidade da água nos rios.

Desde então uma onda de protesto inundou a cidade. A sociedade cobra das autoridades solução. No último final de semana a Praia de Ipitanga foi cenário para a realização da campanha “Água limpa, Cuca fresca”. O projeto, liderado pelo vereador Alexandre Marques pretende conscientizar a população para a preservação dos rios.

Centenas de pessoas participaram da ação. Folders e cartazes foram distribuídos com as frases “Eu curto Rio Sapato” “Quero meu Rio limpo” . A animação ficou por conta de professores de educação física, que realizaram no local atividades esportivas, incentivando as práticas saudáveis.

A rede mundial de computadores também é usada como ferramenta de intervenção social. Um abaixo assinado foi criado no site www.avaaz.org pela preservação dos rios da cidade. As assinaturas são um grito por meio ambiente equilibrado e revitalização dos rios Sapato, Joanes e Ipitanga.

Por Giovanna Reyner