O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou nesta terça-feira (19), o novo mapa da dengue no país. Ele participou do lançamento da campanha de mobilização contra a doença. O mapa mostra que 157 municípios do país estão em situação de risco e outras 525 em estado de alerta.

Salvador é uma das capitais que apresentam situação de alerta, juntamente com Boa Vista, Manaus, Palmas, Fortaleza, São Luís, Aracaju, Cuiabá, Rio de Janeiro e Vitória. Outras três capitais estão em situação de risco: Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho. Sete cidades ainda não apresentaram os resultados do Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti e as outras capitais têm níveis considerados satisfatórios.

Em Salvador, 19 bairros distribuídos por sete distritos apresentam situação crítica e tem elevado risco para ocorrência de uma epidemia de dengue. São eles:

Itapagipe: Bairro Machado (6,7%), Boa Viagem (6,8%), Caminho de Areia (4,4%), Roma (5,9%).

São Caetano/Valéria: Alto do Cabrito (6,2%), Bom Juá (5,2%), Boa Vista do Lobato (7,0%), Largo do Tanque (10,8%), Santa Luzia (8,9%).

Barra/Rio Vermelho: Ondina (6,0%).

Boca do Rio: Stiep (4,7%).

Cabula/Beirú: Calabetão (7,2%).

Pau da Lima: Bosque Real (5,5%), Brasil Gás (4,4%), Canabrava (5,0%), Coroado (4,5%), Porto Seco Pirajá (6,6%).

Subúrbio Ferroviário: Itacaranha (5,6%), São Tomé (6,5%).

Em nota, a Prefeitura diz que nesta quinta (21), sexta (22) e sábado (23) serão retomados os mutirões de limpeza nos bairros de Bom Juá, Santa Luzia e Largo do Tanque, comunidades prioritárias por registrarem alto Índice de Infestação Predial (IIP).

Durante a mobilização os agentes de endemias realizarão a intensificação casa a casa, além de trabalhos de manejo ambiental, limpeza e remoção de lixo e materiais que possam se tornar criadouros de larvas e do mosquito, palitação de material reciclável, ingresso em imóveis fechados abandonados, vistoria de depósitos elevados (como caixas d'água e calhas), distribuição de material educativo, com orientação à população quanto a importância de se manter um ambiente livre de água parada e de resíduos de alimentos. Os moradores também poderão colocar entulhos e materiais inservíveis em frentes as casas para recolhimento.

Casos graves

De acordo com o Ministério da Saúde, o reforço na assistência básica ao paciente contaminado pelo inseto vem sendo ampliado ano a ano e resultou na redução dos casos graves da doença em 61% quando comparado aos dados de 2010. Também diminuíram em 10% os casos de mortes pela dengue, mesmo com o crescimento dos números de notificações da doença.

Neste ano, foram notificados 1,4 milhão de casos prováveis de dengue no país em decorrência de uma circulação do subtipo 4 do vírus, que respondeu por 60% dos casos. O levantamento foi feito nos meses de outubro e no início de novembro servindo para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor em 1.315 cidades.

Segundo Padilha, os números ainda não são para comemorar. “Queremos reduzir cada vez mais a chance de óbito neste país. Essa é a principal ação do Ministério da Saúde agora”. Ele ressaltou que, com o Mais Médico, as ações serão reforçadas uma vez que os profissionais contratados já enfrentaram a dengue nos países de origem, além de ter larga experiência.

As informações são do Correio.