A maior parte dos homicídios que aconteceram na Bahia nos três primeiros meses deste ano tem relação com o tráfico de drogas, segundo balanço divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (8). Do total de 199 assassinatos nesse período, em 137, foram constatadas pessoas envolvidas com o crime, sejam como autores ou vítimas, o que representa 69% dos casos.

Os dados divulgados foram baseados em inquéritos policiais e organizados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Nesse mesmo período, foram cometidos 451 crimes violentos letais intencionais (CVLI), sendo que mais da metade, 252, não foram comprovadas motivação preliminar. Do restante, 62 tiveram motivos diversos, como passionalidade, violência doméstica, rixa, cobrança de dívida (agiotagem) e briga de trânsito.

O subúrbio de Paripe é a área de maior incidência de crimes de homicídios com relação ao tráfico de drogas, informou a polícia, assim como no bairro Tancredo Neves, que concentrou 135 casos. A região de Itapuã é a área mais crítica da região classificada como atlântica da cidade, cenário de 82 homicídios.

A Polícia Civil informou que foram criados quatro Núcleos Regionais de Combate ao Narcotráfico (NRCN) para tentar contornar a situação, com o objetivo de dar celeridade às ações da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) de Salvador e da região metropolitana.

Os núcleos funcionam na DTE do Complexo dos Barris e vão controlar as ocorrências das regiões Central, Atlântico, Baía de Todos os Santos e Região Metropolitana. Um delegado, um escrivão e dois investigadores foram a equipe de cada um dos quatro núcleos, anunciou a corporação. Eles são responsáveis por apoiar as investigações.

De acordo com o Departamento de Narcóticos (Denarc), 244 pessoas foram autuadas por tráfico de drogas na capital e região durante o primeiro semestre. A delegacia aponta também que foram apreendidas 9,29 kg de crack, 9,71 kg de cocaína, 22 comprimidos de ecstasy e 90,28 kg de maconha.

As informações são do G1