Durante a apresentação de Paulo Magalhães Filho, conhecido como Paulinho Mega, e seu pai, Paulo Magalhães, na manha desta segunda-feira (8), na sede da Polícia Civil, em Salvador, foi informado detalhes da investigação.

Segundo informações da polícia, eles sequestraram o advogado e o manteve em cativeiro numa casa no bairro de Castelo Branco, próximo à Colônia Penal Lafayete Coutinho. Ricardo Melo Andrade teria sido morto com uma paulada na cabeça e teve o corpo jogado numa cisterna no mesmo terreno, que depois foi lacrada.

Paulinho afirma que quem cometeu o assassinato foi Arivan de Almeida Morais, 36, que também foi apresentado nesta segunda por envolvimento no crime. Ele é ex-presidiário, foi colega de cela de Paulinho, e estava em liberdade condicional.

Ainda segundo Paulinho, ele viajou para São Paulo no dia seguinte ao sequestro para negociar com a família da vítima de lá. Como não recebeu o pagamento após uma semana, ligou para o comparsa e eles decidiram matar o advogado.

Porém Arivan disse que Paulinho viajou depois que Ricardo já tinha sido morto. A polícia investiga a veracidade das versões. Pai e filho foram presos em São Paulo, na sexta-feira (5). Já o comparsa foi capturado no domingo (7), no bairro de Pirajá, em Salvador.

Todos os envolvidos vão responder por sequestro e ocultação de cadáver, e serão encaminhados ao sistema prisional. O corpo de Ricardo foi resgatado no domingo, e passará por exames de arcada dentária no Departamento de Polícia Técnica e exame de DNA, para identificação.

Paulinho teria planejado o sequestro para conseguir dinheiro e fugir do Brasil, após ser sentenciado a 22 anos de prisão por tráfico internacional de drogas.

Redação Bahia no Ar