Foto: Reprodução / TV Subaé.Álvaro Amaral teve parte do cabelo raspado durante trote na Universidade Estadual de Feira de Santana

Estudantes do curso de engenharia civil da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a cerca de 100 km de Salvador, passaram mal e foram hospitalizados depois de participarem de um trote. Um dos calouros diz que todos foram obrigados a ingerir muita bebida alcoólica durante a "brincadeira" na sexta-feira (11).

Durante o trote, que começou por volta das 14h, os alunos foram sujos de tinta e alguns tiveram as cabeças rapadas. O estudante Álvaro Amaral diz que ficou embriagado e passou mal durante o trote. "Nós fomos induzidos a beber. Havia muita pressão, fora o medo pelo próprio trote. Isso enquanto estávamos sóbrios, porque depois de embriagados eu não lembro mais de nada", conta o rapaz.

Em nota, a UEFS disse que eles participavam de uma comemoração e "foi apurado que os estudantes ingeriram bebidas, de livre e espontânea vontade, e que alguns passaram mal". Ainda de acordo com a instituição, "cerca de cinco foram internados em uma policlínica".

O pai de Álvaro alega que não teve apoio da direção da UEFS para socorrer os alunos. De acordo com Ronaldo Amaral, a instituição só disponibilizou um carro para levar o filho até uma policlínica perto da universidade. "O estado que eu vi ele, eu fiquei muito assustado. Porque me ligaram, uma hora antes de eu prestar socorro, dizendo que ele estava passando mal. Eu abortei a viagem que eu estava fazendo para dar socorro a ele. Eu encontrei ele na porta da clínica dentro de um carro da universidade", reclama o pai do jovem.

A universidade alega que acionou um veículo para condução dos jovens a unidades de atendimento médico de Feira de Santana e está prestando assistência aos alunos e familiares.

Ronaldo Amaral afirma que o estado do filho foi o mais grave de todos. Ele já está com um laudo médico em mãos e pretende acionar a Justiça. "Estou entrando em contato com o advogado para ver. Eu batalhei muito para colocar ele na universidade para ver isso aí?", lamenta o pai.

Ainda por meio de nota, a UEFS se defendeu dizendo que "como os alunos participaram do ato por vontade própria, restou à Universidade a produção de imagens visando uma posterior averiguação em casos de excessos, inclusive para punir os responsáveis, caso seja necessário". G1 Bahia.