Atílio (Luis Melo) será julgado e condenado a cinco anos de prisão em “Amor à vida”. Em cenas que começam a ser exibidas no dia 23, as mulheres da vida do executivo se reunirão diante de uma juíza e, como já era previsto, irão se estranhar. “Ela é o motivo de ele ter casado outra vez. O que prova que o Atílio estava num estado de absoluta confusão mental. Imagine, casar com essa brega”, diz Gigi (Françoise Forton), logo que Márcia (Elizabeth Savalla) chega ao tribunal.

A vendedora de cachorro-quente ainda será esculachada por Félix (Mateus Solano), uma das testemunhas ouvidas no julgamento: “Pelas contas do rosário. Nem em mil anos eu poderia imaginar que o Atílio, todo certinho, fosse capaz de usar um nome falso apenas pra tirar umas férias do casamento… E o que é pior, casar de novo com uma criatura que mais parece uma árvore de natal ambulante”.

Márcia relembra como conheceu Atílio e, diante da juíza, declara seu amor: “Mesmo sabendo que ele é o Atílio, eu digo que ainda gosto dele, e que, se eu pudesse, levava ele agora mesmo pra minha casa. E dizia… Volta comigo, Gentil. Volta. Eu ainda te amo”. Confrontada por Valdirene (Tatá Werneck), ela reafirma seus sentimentos: “Mas amar, amar é um sentimento que a gente nem sempre consegue explicar, né? Eu devia ter raiva desse homem. Mas eu amo ele. Amo”.

Mas o amor de Márcia não salva Atílio da condenação. Julgado pelos crimes de bigamia e falsidade ideológica, ele é pressionado por todos os lados. Também ouvida, Valdirene é outra que complica a já frágil situação de Atílio. “A mãezoca tava numa secura que só vendo. Aí apareceu esse encosto dando no couro. E toca hot dog daqui, toca salsicha dali. Era salsicha pra tudo que é lado. Eu falava: ‘Mãezoca, cuidado que é encosto’. Mas num adiantava”, relata a periguete.

Outra testemunha, Lutero (Ary Fontoura) explica que o administrador, quando voltou, não se lembrava de onde tinha vindo, mas Silvia (Carol Castro), advogada de Vega (Christiane Tricerri), o questiona: “Se o seu amigo Atílio não se lembrava quem era, como o senhor explica o fato dele ter se apresentado a essa senhora como motorista dele próprio?”. A resposta insegura do médico deixa Silvia com a sensação de vitória.

Márcia promete esperar Atílio

A advogada vai além e tenta arrancar novas confissões do acusado: “O senhor sabe perfeitamente que o uso de documentos forjados o enquadra no crime de falsidade ideológica. E quem o ajudou a conseguir esses documentos pode ser considerado seu cúmplice”. Mesmo pressionado, Atílio não revela que teve a ajuda de Márcia, o que a deixa ainda mais sensibilizada.

“Eu sei que quem conseguiu os documentos pode ser preso também, e passar vários anos na cadeia”, ressalta o executivo, que continua: “Eu encontrei um homem na Praça da Sé, a gente conversou, eu contei que queria me casar, que tinha perdido os meus papéis, e ele se ofereceu pra arrumar documentos novos”.

“O senhor acaba de se condenar, doutor Atílio”, diz Rafael (Rainer Cadete), seu advogado.

A sentença da juíza confirma a previsão do advogado: “Eu condeno o réu, Atílio Pimenta Camargo, a cinco anos de reclusão, devendo a pena ser cumprida inicialmente em regime fechado. Nego ao réu o direito de responder em liberdade”.

Márcia encontra com Atílio na antesala do tribunal e, comovida, promete levar hot dog para ele na cadeia. “Você pensou em mim, quis me proteger. Só na hora que começou a historia dos documentos é que eu pensei, eu sou culpada também, eu inventei os documentos pra cê poder casar comigo”. Apaixonada, ela promete esperar seu amado: “Gentil… Atílio… Vai ser só um intervalo. Porque eu vou te esperar, a gente vai ficar junto de novo”.

*Extra Globo.