Após uma denúncia da Defensoria Pública do Estado (DPE), acusando a ação da prefeitura de Salvaodr de explusão dos moradores de rua como violação de direitos humanos, o governo do município lançou um comunicado apresentando o balanço dos resultados da Secretaria Municipal de Combate à Pobreza (Semps).

A prefeitura alega que o trabalhado é feito por educadores sociais durante o dia e as pessoas atendidas seriam encaminhadas para dois centros de reintegração social. Ainda de acordo com o comunicado, desde 2013, 1.130 pessoas em situação de rua foram levadas para abrigos ou conseguiram reintegração familiar, sendo internadas para tratamento em entidades conveniadas ou enviadas para o município natal somente quando é da vontade do morador. Esse número corresponderia a 32% dos cadastrados.

A DPE recolheu depoimento de 12 moradores de rua e seis funcionários que precensiaram ou escutaram relatos de irregularidade. De acordo com os depoimentos, as abordagens da Polícia Militar eram truculentas, com o uso até de jatos d'água de carros oficiais para a explusão.

A ação movida pela defensoria será discutida pela Justiça. O prefeito ACM Neto, o titular da Semps e a presidente da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), Kátia Alves, foram acionados no processo e podem pagar multa de R$ 5 milhões.

Redação Bahia no Ar