"Estou arrependido. Me perdoe, me perdoe". Estes foram os gritos de Jean Cerqueira, assassino confesso da jovem Jéssica Ramos, de 20 anos, morta na manhã de terça-feira (7), após ser esfaqueada na passarela do shopping Paralela, em Salvador. As palavras do ex-namorado da vítima foram explanadas na saída dele do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) rumo ao presídio na Mata Escura.

Ao chegar na Delegacia, por volta das 15h, Jean chegou a ser agredido por um dos tios da vítima enquanto – o até então suspeito – de 34 anos, dava uma explicação à imprensa sobre o caso. Para as câmeras, Jean chegou a dizer que estava viajando no dia do crime, mas durante depoimento à portas fechadas e acompanhado do advogado Denis Leão, Jean confessou o crime.

Em defesa, o advogado alegou distúrbios mentais e surto como motivos que levaram ao assassinato da vendedora da loja Comparatto, que fica no shopping Paralela, na qual trabalhava como caixa e acabara de ser promovida. De lá, após tumulto por conta da presença de amigos e familiares de Jéssica, Jean foi levado dentro da viatura, algemado e já com a roupa de presidiário direto para atrás das grades, onde irá aguardar o julgamento.

Em conversa com o Bocão News, o pai de Jean, Getúlio Souza, de 54 anos, falou sobre a relação do casal. "Era um relacionamento mal resolvido. Eles não estavam mais juntos, mas quando namoravam as brigas eram constantes", contou. O pai de Jean também relatou como foi o dia antes do crime. "À noite antes do crime eles tiveram uma briga feia aqui na porta. Discutiram alto e ela chegou a jogar pedras no carro dele", relatou, informando que o filho dormiu em casa, no bairro de São Cristóvão e saiu cedo em direção ao trabalho. O pai disse ainda que Jean já tinha outra mulher e que, "apesar de todas as brigas, não acredito que ele tenha sido capaz de fazer este tipo de coisa", lamentou.

Jean já havia sido denunciado por Jéssica após ele ter cortado os cabelos dela com uma faca. Segundo um tio da vítima, o ex-companheiro da moça chegou a ficar dois dias preso e ficou proibido pela Justuiça de ver a criança e de chegar perto de Jéssica, não podendo se aproximar mais de 500 metros da jovem. "Era muito ciúme entre eles. Brigavam muito. Via a hora que ia acabar acontecendo uma tragédia", afirmou o pai de Jean.

*Informações Bocão News