De acordo com o assessor de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), Paulo de Tarso Monteiro Abrahão, as vagas são controladas por funcionários das unidades médicas, que usam critérios particulares para escolher quem irá ocupá-las. A questão da indicação todo mundo sabe, e ficou escancarado com a declaração de Paulo, sobre os leitos dos hospitais públicos baianos que deveriam, na teoria, estar à disposição da população que não tem condições de pagar pelo atendimento médico particular. Na prática, a situação se reproduz por todo o país: “isso acontece no Brasil inteiro. O dono do leito não é a Saúde. O dono do leito é o médico, mas ele deveria ser da população. No Hospital Aristides Maltez, por exemplo, que há vários leitos, nós [Sesab] apenas regulamos oito deles”, declarou ele ao Jornal da Bahia no Ar.

Abrahão afirmou ainda que o processo não funciona porque, além dos problemas citados, é impossível dar conta da demanda que se apresenta em todo o Estado. “Eu ouço vocês falando da Regulação, dizendo que ela não funciona. Não funciona mesmo. Eu, gestor, não dou para a Central de Regulação operacionalizar o que tem de demanda”, afirmou.