O candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) afirmou neste sábado, 25, que as pichações feitas na noite de ontem ,no prédio que sedia a Editora Abril, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, foram um "atentado contra a democracia". O tucano visitou o túmulo do avô, o ex-presidente Tancredo Neves, na cidade de São João Del Rei, em Minas Gerais.

"Nós assistimos ontem e hoje um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão […] Os manifestantes não atingem aquele veículo, atingem o que nós temos de mais valioso que é a liberdade de expressão no Brasil, a liberdade de imprensa. A democracia vive disso: das manifestações. E as contrárias têm que ser respeitadas", ressaltou Aécio.

O prédio da editora foi alvo do ataque após a revista "Veja" publicar uma reportagem sobre o escândalo da propina na Petrobras. Segundo a revista, o doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento à Polícia Federal, que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento de um suposto esquema de corrupção na Petrobras que abasteceria campanhas do PT. A revista disse, porém, que o doleiro não apresentou provas.

Para o tucano, o ato em frente à editora "é um atentado que deve receber o repúdio de todos os brasileiros da forma mais veemente possível".

"[Esse ato] deve receber o repúdio, não sei, dos profissionais da imprensa e de todos os cidadãos e cidadãs desse país", concluiu.