'Não temos que aliviar', diz jogador sobre partida contra o Flu

A torcida azul, vermelha e branca respira aliviada. Após várias rodadas angustiantes, o Bahia está livre da ameaça de rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. O desespero que fez estadia no Fazendão durante várias semanas se extinguiu no último domingo, quando o Tricolor bateu o Cruzeiro e eliminou as possibilidades matemáticas de degola. No entanto, a equipe treinada por Cristóvão Borges não pretende tirar o pé do acelerador na última rodada da Série A. Muito pelo contrário.

No próximo domingo, o Bahia tem pela frente, na Fonte Nova, um Fluminense em estado de aflição. O time carioca ocupa a 18ª colocação da tabela de classificação com 43 pontos, dois a menos que a primeira equipe fora do Z-4. Qualquer resultado diferente de um triunfo rebaixa o Tricolor das Laranjeiras. A torcida pó de arroz se agarra às últimas esperanças de salvação.

O desalento que foi íntimo por algum tempo, contudo, não comove o Tricolor baiano. A frieza de um carrasco tomou conta do time comandado por Cristóvão Borges, e a promessa feita em Salvador é a de não tirar o pé da dividida. O Bahia vai a campo para conquistar os três pontos, mesmo que isso signifique ser a mão que degolará o Fluminense.

– Respeitamos o Fluminense. Sabemos da situação em que o time deles está. Mas vamos entrar em campo domingo para vencer. Não temos que aliviar. Estamos com o pensamento de terminar o ano bem e queremos o triunfo na Fonte Nova – disse o meia Anderson Talisca, herói do triunfo tricolor sobre o Cruzeiro com um gol marcado no fim do segundo tempo.

A seriedade foi um pedido do técnico Cristóvão Borges. O treinador se reuniu com o elenco tricolor ainda em Belo Horizonte, logo após a partida contra o Cruzeiro, e pediu que o time baiano entre em campo no domingo sem se preocupar com a situação delicada do Fluminense. A ordem foi assimilada por Talisca, que garante não facilitar a vida do rival carioca.

– A gente vai jogar para valer. Estamos em busca do resultado. Não vamos facilitar – prometeu o meia.

Segundo os cálculos do matemático Oswald de Souza, o Fluminense tem 80% de chance de queda. Além de precisar bater o Bahia, o Tricolor das Laranjeiras tem que torcer para que Vasco e Coritiba não vençam seus jogos.

A missão é complicada e, para os supersticiosos, é até assustadora. Nos últimos dois anos, todos os times que enfrentaram o Bahia na última rodada do Brasileirão acabaram rebaixados. O horizonte para o time carioca é nebuloso, e a vontade do time baiano é mais um ingrediente para a tempestade que se anuncia.

*G1.