Os moradores do bairro Gleba C e região, assim como de outras áreas residências de Camaçari têm vivido momentos de terror com a ação de bandidos a bordo de motocicletas. Frequentemente a equipe de reportagem do PORTAL BAHIA NO AR tem recebido denúncias sobre novos casos.

Há pelo menos seis meses os ladrões, ninguém sabe ao certo quantos, se revezam nos bairros e abordam as vítimas. Não importa se é dia ou noite. A ousadia é tanta, que muitas vezes antes de dar a voz de assalto, iniciam uma conversa, no sentido de distrair os escolhidos, antes de subtrair os pertences. São levados aparelhos celulares, bolsas, jóias, dinheiro, cartões de crédito e até mesmo documentos.

Na última quarta-feira (5) duas mulheres foram roubadas na porta de casa, na rua Ibicaraí, mais conhecida como rua 6, no bairro Gleba C. As jovens estavam conversando, quando o ladrão estacionou uma motocicleta modelo Pop 100, de cor vermelha e fingiu estar procurando um morador da área. “Ele cumprimentou, perguntou por um tal de Galego e ainda disse conhecer a minha colega, mas não tirou o capacete”, contou uma das vítimas que no momento da abordagem também estava com o filho de oito anos.

A jovem revelou que logo em seguida o assaltante simulou uma ligação telefônica e na sequência arrancou os celulares das mãos delas. Após ter o aparelho roubado mãe e filho tentaram ir para casa, mas o bandido puxou a mulher pelo braço e empurrou para dentro de uma loja onde a outra vítima havia entrado. “Fiquei machucada, estou com hematomas. Foram momentos de muita tensão e terror, pois ele afirmou estar armado e nessas situações nunca sabemos o que pode acontecer”, disse.

Depois da ação, o ladrão que agiu sozinho, fugiu sem deixar rastro. Uma comerciante do ramo de confecções e moradora do bairro afirma que constantemente os assaltantes estão agindo na área e apontou a sensação de impunidade como uma das principais causas da persistência dos assaltantes. “Conheço muita gente que tem se queixado, vítima desses vagabundos. O pior é que não vemos viaturas circulando, se ligamos seja para a Civil ou para a PM ninguém aparece e é por isso que eles continuam roubando, estuprando, matando. Sabem que acaba dando em nada. Estamos refém da violência, da bandidagem”, desabafou.

Policiais da 18ª Delegacia Territorial (DT) de Camaçari informaram que o grande número de motocicletas existentes na cidade dificultada a identificação dos bandidos. “Em Camaçari existe muita moto e com características bem parecidas. Geralmente as vítimas, pelo nervosismo, não conseguem memorizar ou tomar nota da placa, o que complica ainda mais o nosso trabalho. Sem contar que capturamos alguns e pela facilidade em conseguir outros veículos, novos assaltantes aparecem eprocedem da mesma forma.” explicou um agente.