Foto: Felipe Oliveira/ EC Bahia/ DivulgaçãoBahia é o time que mais fez faltas e o que mais sofreu./span>

Como um camaleão de três cores, o Bahia segue em constante mutação. Desde a chegada de Cristóvão Borges, o Tricolor passou de um provável saco de pancadas para um adversário de respeito e ocupante da parte alta da tabela. Dentro do campeonato, as mutações não param, e a evolução é constante. O time de boa troca de passes e que sabe ser veloz quando preciso passou a enfrentar a truculência dos adversários e se tornou a equipe que mais sofreu faltas no campeonato.

Por outro lado, o Bahia mantém um “título” que já carrega desde antes da parada para a Copa das Confederações: o de equipe mais faltosa da Série A. No melhor estilo “bateu-levou”, o Tricolor cometeu 237 faltas e sofreu outras 220 em 11 rodadas disputadas.

No entanto, os números não são fáceis de serem decifrados e podem embolar a cabeça dos tricolores.
O alto número de faltas, por exemplo, pode ter um duplo significado. Entre os cinco mais faltosos do Brasileirão, dois estão na parte de baixo da tabela, enquanto três deles estão na parte de cima da Série A. Depois do Bahia, o mais faltoso é o Criciúma, que fez 223 faltas. A equipe catarinense ocupa a 16ª posição com apenas 11 pontos. Porém, o terceiro mais faltoso é o Botafogo, líder do campeonato, que já cometeu 206 infrações. Corinthians com 205 e Lusa com 202 completam o top 5.

Se o Tricolor é o mais faltoso, é também o clube mais advertido do torneio nacional. Em 11 rodadas, o Bahia recebeu 35 cartões amarelos. O segundo colocado é o Vasco com 30 amarelos. A má fama é tanta que, depois da partida contra o Flamengo, a ausência de cartões foi comemorada. Com isso, a equipe baiana não terá desfalques por questões disciplinares para a partida contra o Atlético-PR, nesta quarta-feira, no Durival de Britto.

Apesar da ausência de cartões, o Bahia não fugiu das suas características de time de ‘pegada’, no último duelo, e cometeu 25 faltas, mais que o dobro das cometidas pelo Flamengo, que parou a partida de maneira irregular em 12 oportunidades.

Batendo, mas levando

É preciso observar que o índice de faltas sofridas não tem relação com o rendimento do time dentro de campo. No G-4 dos que mais que receberam faltas, nenhum dos times integra o G-4 original do campeonato. O Bahia sofreu 220 e é seguido pelo Corinthians, que recebeu 212, São Paulo com 206 e Vasco com 200.

Apesar de não ter o talento de um Juninho Pernambucano, Rogério Ceni ou Renato Augusto nas cobranças diretas, o Bahia faz bom uso das faltas para colocar em prática uma das suas armas: a bola na área adversária.

O Tricolor procura explorar a presença de jogadores altos com Titi, Rafael Donato e Fernandão, além da impulsão de Fahel. Apesar disso, o aproveitamento não é dos melhores. Das 220 faltas sofridas até a 11ª rodada, apenas duas terminaram em gols para o Bahia. Na partida contra o São Paulo, Fahel marcou o gol do triunfo, enquanto Wallyson marcou o segundo da goleada sobre o Flamengo.

Se os números de faltas marcadas ou recebidas confundem em relação ao aproveitamento das equipes, o Bahia espera manter-se na parte alta do campeonato no critério mais importante: o número de pontos. *Globoesporte.com