Mesmo após ação de protesto, realizada no último dia 17 de março, no pedágio da BR-324, próximo a Simões Filho, onde a passagem de veículos foi liberada sem a cobrança de pedágio, o patronato (ViaBahia, CLN), e os trabalhadores de concessionárias de pedágio da Bahia não chegaram à um acordo. Funcionários continuam mobilizados e anunciaram paralisação nos próximos dias, em busca de melhorias de condições de trabalho e por respeito à autonomia e liberdade sindical.

Na última segunda-feira (24), foi realizada uma reunião com o objetivo de tentar, mais uma vez, a abertura do diálogo, mas não houve sucesso. Segundo o presidente da CUT-BA, Cedro Silva, as empresas concessionárias de pedágio têm mantido prática abusiva em relação aos trabalhadores, se recusando a negociar com o sindicato e os trabalhadores sendo submetidos a um regime miserável. “O dinheiro que pagamos no pedágio, enriquece o patrão e deixa na miséria o trabalhador. A falta de segurança no ambiente de trabalho, salário abaixo do mínimo e assédio moral, são alguns péssimos exemplos que podemos citar. Peço o apoio do governo que fez a privatização para ajudar a reverter este gravíssimo problema. “País rico é país sem miséria”, é o que diz a presidenta Dilma. A CUT não vai admitir que a Bahia se transforme numa fábrica de trabalhadores miseralisados pela ganância desenfreada do capital”, disse.

Os trabalhadores reivindicam o piso normativo de salários, alimentação, pagamento de horas extras, licença maternidade de seis meses e cursos de qualificação, dentre outros itens na pauta de reivindicação já entregue às empresas.