Comprar o tablet da Apple no Brasil significa comprar o segundo iPad mais caro do mundo, segundo levantamento da corretora australiana CommSec. No País, o aparelho mais recente (quarta geração) custa, em média, US$$ 791,40 (ou R$ 1.741), na versão Wi-Fi de 16 gigabytes (GB). O valor só é inferior ao da Argentina, onde o dispositivo custa US$ 1.094.

O ranking, chamado pela CommSec de Índice iPad, listou os preços cobrados em 46 países e segue a mesma lógica do Índice Big Mac. O economista-chefe da corretora, Craig James, diz em vídeo divulgado no YouTube que ambos os índices têm como base a noção da paridade do poder de compra, segundo o qual o câmbio pode ser ajustado para que um bem tenha o mesmo preço em países diferentes.

O valor do aparelho no Brasil é 58,6% superior ao adotado nos Estados Unidos e informado no site da Apple (US$ 499, sem taxas). Lá, o preço pode variar conforme os impostos cobrados por cada Estado. Na Califórnia, o tablet sai por US$ 546,91, a 36ª posição do ranking. O iPad só é vendido abaixo de U$$ 499 em dois países: Canadá e Malásia.

As regiões onde o tablet pode ser comprado com pouco mais de cinco notas de cem dólares incluem Hong Kong, Japão, Austrália e Índia. Não é novidade que o Brasil é um dos locais onde o iPad é mais caro. No índice do ano passado, o País ficou em primeiro lugar – com a terceira geração do tablet da Apple a US$ 763,51. A Argentina ocupou a segunda posição (US$ 710,19).

O tocador de música iPod também é especialmente caro no Brasil. No País, o aparelho custava, em 2012, US$ 354,40 na versão touch de 8GB e US$ 285,39 na versão nano de 8GB – os mais caros entre 46 países. Já em 2007 o Brasil assumia o título de mais careiro: o iPod nano de 2GB custava US$ 327,71. Na sequência viam Índia e Suécia.

*Estadão Conteúdo.