Foto: Reprodução/Facebook.Samuel morreu após o ataque do cachorro da família.

“Ninguém consegue acreditar no que aconteceu”. É dessa forma que Márcio Antônio Alves, tio da criança que morreu ao ser atacada pelo cachorro da família, da raça São Bernardo, resume o sentimento da família após o acidente. Samuel Palma Alves, de 1 ano e dois meses, será enterrado na tarde desta sexta-feira (10) no Cemitério Municipal de Paulínia (SP).

O garoto estava em casa no Jardim Planalto, na tarde de quinta-feira (9), com o pai e o irmão mais velho quando ocorreu o ataque. Segundo Alves, o cão estava preso no quintal e o pai, o pastor Edgar Batista Alves, não viu quando a criança saiu do interior da residência e foi ao encontro do animal.

O menino foi mordido no abdômen e teve ferimentos na artéria ilíaca, que fica próximo da barriga, causando uma hemorragia interna. Samuel chegou a ser levado para o centro cirúrgico do Hospital de Paulínia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu de parada cardiorrespiratória.

“O cachorro balançou o menino no ar, como se fosse um boneco de pano”, contou o tio. Segundo ele, o animal, que estava com a família há cerca de dois anos, era manso e não costumava ficar preso. “Não dá pra entender o que aconteceu, era um cachorro muito calmo e dócil, o pai e a mãe dele estão devastados”, disse. O pai havia buscado o menino mais cedo na creche, pois estava de folga e queria passar um tempo com o filho. A mãe, que trabalha em uma escola da cidade, não estava em casa no momento do acidente.

Animal para adoção

O animal foi encaminhado para o Departamento de Zoonoses da cidade e deve ficar em observação por 10 dias. Segundo a diretora da Vigilância em Saúde Sandra Soares, o São Bernardo é calmo, tem um comportamento tranquilo e não apresenta sinais de maus tratos. “Ainda não dá para avaliar o que desencadeou esse comportamento agressivo, é difícil dizer”, explica Sandra. A diretora informou que após o período de observação, o cão será encaminhado para adoção.

Fatalidade

Segundo o delegado Luiz Antônio Correia da Silva, responsável pela investigação, o caso foi registrado como “morte a esclarecer”. “Foi uma fatalidade, uma coisa que gerou uma consternação geral, uma situação muito triste”, disse. Os pais de Samuel devem ser ouvidos pela polícia ainda nesta semana.