A audiência pública sobre a saúde municipal, realizada nesta quinta-feira (24/04), foi marcada por ampla participação popular, com dezenas de perguntas direcionadas aos técnicos da área de saúde do município presentes no evento.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Elias Natan (PV), presidiu o evento que teve início com a apresentação do coordenador da Área de Planejamento da Saúde, Lúcio Guimarães. Durante 30 minutos, ele falou sobre os diferentes tipos de estruturas e serviços de atendimento à saúde pública.

Em seguida, foi a vez do diretor do Hospital Geral de Camaçari, o médico Francisco de Santana, apresentar os números referentes ao atendimento e falar sobre a atual situação do HGC. Ele reafirmou situação de sobrecarga que o hospital vem vivendo, proveniente, principalmente, da necessidade de atender cidadãos de outros municípios.

O secretário municipal de Saúde, Vital Sampaio, cedeu o tempo que dispunha para que os populares que compareceram ao plenário fizessem perguntas.

A maioria dos 15 populares inscritos usou o tempo para denunciar problemas na saúde e cobrar soluções, um deles foi a agente de Endemias Vilma Soares, que trabalha há 10 anos na função. “Vemos que estamos passando por problemas graves. Precisamos do adicional de periculosidade, pois estamos expostos a mordidas de cachorros, além de riscos naturais do contato com carrapatos, pulgas, insetos, dentre outras dificuldades”, desabafou a servidora.

Outro cidadão, identificado como José Maria, informou que está há quatro meses dormindo no relento esperando um atendimento. “Somos tratados que nem cachorro”, bradou.

Em seguida foi a vez dos vereadores direcionarem questionamentos. O vereador Júnior Borges (DEM) questionou ao secretário sobre a situação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Em resposta, o secretário informou que o município possui cinco unidades, todas de porte básico.

“Existem três portes de UPA’s, e Camaçari, pelo porte que possui, deveria contar com uma unidade de grande porte, com disponibilidade de realização de exames de radiografia, seis médicos de plantão incluindo pediatria”, defendeu Junior Borges.

Utilizaram a palavra também a vereadora Patrícia (PT) e os vereadores Zé do Pão (PTB), Jackson (SDD), Falcão (DEM), Otaviano Maia (PT), Sessé Abreu (PRTB), Wilton de Ferrinho (SDD), Gilvan (PT), Elinaldo (DEM), Oziel (PT), Marcelino (PT), João da Galinha (PRTB), Teo Ribeiro (PT) e Elias Natan (PV).