Unidades de Saúde e escolas de Camaçari participam do programa de vacinação contra o HPV (Papilomavirus Humano) . Está é a segunda dose da vacina que está disponível para meninas de 11 a 13 anos. Desde o dia 1° de setembro a vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A dose foi incorporada este ano ao calendário de vacinação, portanto pode ser tomada a qualquer momento nas unidades. Todas as escolas, públicas e particulares do Município receberão equipe de vacinação e todas as UBS´s (Unidades Básicas de Saúde) e USF's (Unidades de Saúde da Família) estão preparadas para vacinar o público-alvo. Camaçari tem 6.590 meninas na faixa etária.

A primeira dose da vacina foi aplicada em março e esta, que é a segunda dose, deve ser tomada após seis meses. A terceira, que é a dose de reforço, após cinco anos. Para a imunização ser eficaz é necessário tomar todas as doses.

Para facilitar o acesso das adolescentes, escolas como o Centro Educacional Darcy Ribeiro e o CEMA (Centro Educacional Miguel Alves) já receberam equipes de vacinação. Na quinta-feira a escola Edvaldo Boaventura será contemplada, durante todo o dia. A vacinação nesses locais acontece de acordo com agendamento prévio.

O câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais frequente e o terceiro em causa de mortes por câncer em mulheres no Brasil. Por dia, cerca de 14 mulheres morrem da doença no país.

A vacina protege contra 4 subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18) e tem 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis pela causa de 70% dos casos de colo do útero no mundo. E o subtipos 6 e 11 são responsáveis por 90% das verrugas anogenitais.

Recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a vacina não foi associada a eventos adversos sérios. As reações são comuns a outras vacinas como dor no local de aplicação, coloração avermelhada da pele e dor de cabeça. Mais de 50 países realizam programas nacionais de imunização contra o vírus.

O vírus e a vacina

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

Segundo o Ministério da Saúde a segurança da vacina é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS). As Sociedades Brasileiras de Imunizações (SBIm), Infectologia (SBI) e Pediatria (SBP) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), além da Sociedad Latinoamericana de Infectologia Pediátrica (SLIPE), enfatizam a necessidade de vacinação da segunda dose.