A situação atual do Centro Comercial de Camaçari será apurada em um inquérito civil do Ministério Público Estadual (MPE), onde serão investigadas denúncias apresentadas pela população sobre irregularidades no local.

Segundo o promotor responsável pelo processo, Luciano Pitta, em entrevista exclusiva ao radialista Roque Santos na Rádio Sucesso (93,1), “relatórios feitos no local indicam diversas irregularidades, como, por exemplo, a ausência de condições sanitárias e de higiene adequadas para a utilização do espaço para a comercialização de alimentos; abate clandestino de animais; comercialização de carne vermelha de origem duvidosa; comércio ilegal de bebidas, inclusive com venda a menores; utilização do espaço para a prostituição e tráfico de drogas”.

Pitta ainda cita a utilização dos boxs de forma irregular. Segundo ele, os espaços foram “cedidos por permissão do poder público, portanto o espaço é do público e não dos comerciantes que estão lá instalados”, afirma, pontuando que há feirantes que alugam ou vendem os imóveis. “Isso é uma improbidade administrativa da gestão municipal que permite uma situação absurda e inaceitável como essa”.

O promotor indica, inclusive, um cadastramento das pessoas que utilizam os boxs. Ainda é questionado o fato do poder público arcar com a energia elétrica e a água nos pontos comerciais da feira. “Os custos cabem ao comerciante”, enfatiza.

Sobre a possível interdição do espaço, Pitta afirma que dependerá do resultado da investigação. “Se for necessário sim. Atuamos de acordo com a legalidade. Se não forem tomadas as medidas legalmente cabíveis, iremos responsabilizar aqueles que não as adotarem”.

Por Emile Lira