Os caminhoneiros ameaçam para novamente a partir desta quinta-feira, 23, caso o governo federal não atenda às reivindicações da categoria, segundo informou a Agência Câmara.

Ontem (21) terminou o prazo pedido pelo governo para tentar um entendimento com o setor e atender à principal reivindicação da categoria: uma tabela de custo que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias.

De acordo com deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), coordenador da comissão externa da Câmara que acompanha o movimento, ainda não há consenso sobre o tema. "O impasse que nós vamos ter no dia 22 é a reivindicação da tabela referencial de custos. Essa é a nossa grande preocupação. Grandes embarcadores e trades entendem que não pode haver uma tabela mínima", explicou o parlamentar.

Ivar Schmidt, líder de um dos movimentos de caminhoneiros, o Comando Nacional de Transporte, destacou que muitos caminhoneiros dependem de uma tabela mínima para basear seus custos de frete. "A principal reivindicação nossa no dia 22 é a criação do frete mínimo. É uma questão de sobrevivência para a categoria hoje. Em geral, o pessoal que trabalha com caminhão não tem um grau de instrução muito elevado, não sabe calcular o custo de transporte e acaba carregando por menos do que é o custo real", disse Schmidt. "Por isso a gente está exigindo essa tabela do frete mínimo, como se fosse um salário mínimo, para que garanta pelo menos a cobertura dos custos", acrescentou.