carga tributária brasileira voltou a bater recorde e chegou a 35,95% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. O recorde anterior era de 2012, quando a carga foi de 35,85% do PIB. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela Recita Federal.

Em números absolutos, a arrecadação tributária bruta foi de R$ 1,741 trilhão em 2013, para um PIB de R$ 4,844 trilhões. Já em 2012, a arrecadação foi de R$ 1,574 trilhão para um PIB de R$ 4,392 trilhões.

O documento ainda discrimina a arrecadação por ente federativo. A União foi responsável pela arrecadação bruta de R$ 1,2 trilhão no ano passado, o que representa 24,78% do PIB. Em seguida estão os Estados, que amealharam R$ 440,4 bilhões, ou 9,09% do PIB, e os municípios, com R$ 100,9 bilhões ou 2,08% do PIB.

O resultado de 2013 deixa o Brasil na frente de países como o Reino Unido, o Canadá, a Suíça, os Estados Unidos e a Coreia do Sul no quesito de arrecadação tributária em relação ao PIB. Na América Latina, o Brasil está atrás apenas da Argentina, que arrecadou 37,3% do PIB em 2012. Na comparação internacional, não há dados para 2013.

Estados e Refis

O aumento da carga tributária entre 2012 e 2013, de 35,86% para 35,95% do do Produto Interno Bruto (PIB), se deve “ao bom desempenho das receitas estaduais e às receitas de parcelamento [Refis]”.

Segundo documento elaborado pela Receita, “o aumento da carga foi concentrado nos Estados (72% da variação total)”. Além disso, continua o estudo, “caso os parcelamentos fossem desconsiderados, a carga tributária apresentaria redução de 0,09 ponto percentual”.