Foto: Reprodução/TV Globo. Casos de dengue em Salvador aumentaram 63% em relação a 2013

Os casos notificados de dengue cresceram 63% em Salvador até fevereiro deste ano quando comparado ao ano passado.

De acordo com informações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), das 613 notificações, 383 casos, que correspondem a 62%, não foram confirmados. Outros 100 foram confirmados como dengue clássica e 130 descartados.

Segundo o CCZ, não ocorreram casos de dengue grave, do tipo hemorrágica, e nenhum óbito. O maior número foi registrado nos Distritos Sanitários de Cabula/Beirú, Boca do Rio e Barra/Rio Vermelho.

De acordo com a gerente do CCV, Gerusa Moraes, cada distrito tem uma característica e o que tem maior número de casos é o Cabula/Beirú, que abrange bairros como Pernambués, Saboeiro, Cabula, Beirú, entre outros.

“A gente está trabalhando em Salvador com distrito, não o município como todo. O plano de ação será realizado de acordo com as características dos distritos. Assim analisamos o número de dados, o percentual de infestação, os indicadores do distrito, para então seguir com as ações de bloqueio de larva e depois do mosquito. Teremos mutirões com a Limpurb [Empresa de Limpeza Urbana de Salvador], Sucop [Superintendência de Conservação e Manutenção de Obras Públicas do Salvador]”, explica a gerente.

Segundo Gerusa Moraes, a Vigilância Sanitária está classificando cada distrito. “A Vigilância está levantando os indicadores, em que nível estão e daí a gente vai começar a trabalhar. Esse plano contempla ações para que o caso não se agrave é uma base de alerta”, conta.

Moraes também fala que o clima foi uma das causas do aumento da dengue. "Esse ano foi bastante chuvoso e isso criou o aumento das causas da proliferação de mosquito. Já o ano passado, foi mais quente e seco”, diz.

A gerente do CCZ pede que o cidadão ajude no combate à dengue, pois o lixo mal descartado e a não aceitação dos agentes nas residências colaboram com o aumento da taxa de proliferação. “Mais preponderante nessa história é papel do cidadão, afinal, isso não é só uma ação do governo. Precisamos da ajuda de todos, vamos desenvolver as ações, mas o cidadão não pode agir como se o papel fosse apenas do governo”, conclui.

*G1