O suspeito de matar uma criança de dois anos no bairro IAPI, em Salvador, recebeu alta médica na tarde de domingo (29), segundo informações do Hospital Ernesto Simões Filho, onde o homem estava internado. No sábado (28), cinco homens armados com revólveres e pistolas trocaram tiros com policiais da unidade de saúde. A assessoria da Polícia Civil informou que averigua na manhã desta segunda-feira (30) para onde o suspeito foi encaminhado.

Ao perceber que os policiais solicitaram reforço, os criminosos fugiram para um matagal, informou a polícia. Com a chegada de outras equipes, a região foi cercada, mas ninguém foi preso. Ainda segundo a polícia, a mulher do paciente foi proibida de visitar o esposo e, com isso, falou em "voz alta" que ia falar com os amigos dele para tirá-lo à força do hospital. A troca de tiros aconteceu por volta das 13h40.

O hospital informou que o suspeito estava na enfermaria, acrescentando que ele fez uma cirurgia e passava bem. Afirmou ainda que até agora não se sabe se o grupo queria resgatar o suspeito ou matá-lo. "Os funcionários do hospital estão assustados e com medo. A emergência não será fechada pois a Polícia Militar garantiu a segurança na região", afirmou a unidade.

Suspeito

O menino de dois anos morreu na porta de casa, no bairro do IAPI, na quinta-feira (26). De acordo com as informações, o suspeito, de vulgo "Caveirão", foi avistado por PMs após uma ronda no bairro do IAPI, mesma região onde ocorreu o crime. Após ser abordado, ele correu com o grupo e chegou a atirar contra os policiais.

Segundo a polícia, o suspeito quebrou a perna enquanto tentava pular um muro. "Caveirão" foi levado ao Hospital Ernesto Simões Filho. Os demais integrantes do grupo conseguiram fugir, informou a polícia. Após o atendimento médico, ele será encaminhado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

O caso

De acordo com o DHPP, o menino estava brincando na frente de casa quando foi atingido na cabeça. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, mas não resistiu e morreu. A polícia investiga a origem dos disparos.

No início da tarde de quinta, moradores do bairro começaram a realizar um protesto devido à morte da criança, informou a Central de Polícias (Centel). Os populares queimaram pneus e colchões no local.

*G1.