O diretor de administração do Banco Central (BC), Altamir Lopes, estimou na quarta-feira (01) que no máximo 75 mil cédulas marcadas por dispositivo antifurto não foram retiradas de circulação.

Segundo ele, os valores das cédulas atingidas são diferenciados.

O cálculo foi feito levando-se em conta uma taxa de “sucesso” de 50% nas tentativas de furto em caixas eletrônicos com dispositivo antifurto.

Altamir explicou que a regulamentação sobre as notas marcadas por esse dispositivo é semelhante à das notas falsificadas, em que também não há ressarcimento para quem detém a cédula.

O objetivo do BC com essa normatização mais rigorosa é fechar o ciclo envolvendo os roubos de caixas eletrônicos, dificultando a circulação das notas marcadas.

“A recomendação é que a população evite receber essas notas”, disse Altamir.

No dia 18 de maio, o BC divulgou comunicado à imprensa informando que os cidadãos que recebessem notas marcadas deveriam apresentá-las aos bancos e, se elas fossem legítimas, haveria ressarcimento.

Agora, a regulação é mais rígida, determinando que não haverá ressarcimento em caso de notas marcadas, exceto em casos de acidente ou furto frustrado e de problema na emissão em caixas eletrônicos.

Questionando sobre a mudança na regulação, Altamir se limitou a dizer que ocorreu porque nas discussões se entendeu que era melhor se trabalhar com as regras que foram publicadas hoje.

O diretor destacou que nos casos em que, após a análise do BC, for comprovada a mancha por dispositivo antifurto, as informações – inclusive os dados de quem apresentou a nota marcada ao banco – serão levadas às autoridades policiais para investigação criminal.

Altamir destacou que o procedimento em relação às cédulas manchadas é uniforme, ou seja, independe de a mancha ser grande ou pequena.

* Ig