Foto: Bahia no ArO local era usada por um vendedor de doces, mas não incomoda a populaçãoImagine que você vive em uma rua e há uma calçada, ou mesmo uma quadra, que é de todos os moradores. De repente, chega uma pessoa com um contrato de compra e vendas dizendo ser dono do espaço. É o que acontece na rua C, no bairro Simões Filho I. Lá, uma construção próxima a um prédio tem gerado muita discussão entre os moradores. Mas prefeitura informa que a obra não será concluída.
O empreendimento fica ao lado do campo de futebol e é vizinho de um casal de idosos. O que preocupa a população é que se trata de um depósito de bebidas, ou um bar, e está sendo erguido em áreas comuns da Urbis, o que é ilegal.
História
Tudo começou com a boa vontade dos moradores do condomínio ao permitiram o local para um vendedor de doces. “Até então a gente deixava porque o rapaz que estava aqui vendia doces, não incomodava ninguém e todo mundo tem o direito de ganhar o seu pão”, contou o senhor José Machado, 71 anos, que mora com sua esposa, no térreo do prédio e poderá ter como vizinho o depósito.
Tempos após a barraca foi fechada e alguém, que ainda não se sabe dizer a identidade, resolveu vender o terreno para um comerciante. A população, temendo que a construção ilegal oculte a janela do casal de idosos, traga poluição sonora, fomente o uso e tráfico de drogas e abrigue os mijões de rua, foi à Secretaria de Infraestrutura de Simões Filho com um abaixo-assinado pedindo embargo da obra. O fiscal esteve no local, mas não deu esclareceu à população quais seriam as medidas adotadas.
A Secretaria de Infraestrutura da cidade foi procurada pelo BAHIA NO AR diz que a prefeitura não concedeu o alvará para a construção, pois o treeno é remanescente da Urbis, e um alto de infração foi aplicado para obra não ser erguida. “Caso a construção continue, os moradores devem comunicar à prefeitura”.
