O corpo de Ednildo Santos Andrade, 57 anos, morto a facadas pelo próprio filho, foi sepultado no final da tarde desta sexta-feira (22) no Cemitério Quinta dos Lázaros. O crime aconteceu na tarde da quinta-feira no fim de linha da Vila Canária. Cherlam Doria Andrade foi preso horas depois em flagrante pela Polícia Militar.

Ednildo foi esfaqueado 19 vezes enquanto dormia no sofá de casa. Depois de matar o pai, Cherlam ainda atacou a mãe, que chegou do trabalho e encontrou o marido morto com uma faca cravada no peito. Márcia Celia Doria foi atingida com um tesoura no rosto, perto do pescoço, e foi socorrida para o Hospital Eládio Lasserre, de onde já teve alta médica. Ela compareceu ao enterro do marido e disse que perdoa o filho. "Preciso de ajuda para tirar meu filho da cadeia e levar para uma casa de saúde", disse à TV Itapoan. Ela e Ednildo eram casados há 19 anos.

O caso aconteceu na casa da família na 1ª Travessa Antonio Carlos Oliveira. Segundo a PM, Cherlam agiu sob efeito de drogas. Ao ser preso, ele estava muito confuso e disse que viu "um espírito rindo de mim" antes de cometer o crime.

O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na segunda-feira, a delegada Clelba Regina Teles irá ouvir Márcia Celia e também vizinhos da família, que chamaram o socorro e a PM após a tragédia, para saber se houve alguma outra motivação para o crime. Em depoimento, Cherlam disse que sentiu um "desejo incontrolável" de atacar os pais depois de usar muita maconha, cocaína e crack no dia do crime.

Cherlam informou também que usa drogas desde os 13 anos de idade. Ele disse que sempre se relacionou bem com os pais, mas que teve alucinações na quinta-feira por conta das drogas. Fonte Correio