Foto: Ellyo Teixeira/G1De acordo com a Polícia Militar cerca de 100 mil pessoas participaram do evento em Teresina

A cantora Daniela Mercury foi a principal atração da 12ª edição da Para da Diversidade deTeresina, realizada neste domingo (25). Cerca de 100 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, estiveram na Avenida Raul Lopes, local onde foi montando o palco para o show da cantora. O show, que estava programado para começar as 19h30, atrasou quase duas, mas poucos presentes foram embora.

A artística abriu sua apresentação pregando o discruso de igualdade entre as pessoas, indepentenemente de sua escolha sexual. “Todos têm o direto de sonhar. As leis nos protegem de pessoas que acham que homossexualidade é uma doença. Somos todos muito diferentes, mas nos tornamos iguais quando precisamos do amor, carinho e afeto”, disse.

O evento teve início por volta da 17h com concentração em frente ao Parque Potycabana , de onde saiu um trio elétrico para conduzir a animação dos presentes. A diretora do Matizes, Marinalva Santana, fez um discurso contundente de críticas contra a homofobia.

“Somente em 2013 no estado do Piauí, já ocorreram nove homicídios de gays ou simpatizantes. A homofobia tem qu ser coisa do passado. Não é justo que pessoas que apenas tentam demonstrar sua opção sexual sejam mortas por criminosos”, disse ela ressaltando que o Piauí ainda continua sendo o estado que mais registra ocorrências voltadas a homofobia.

Foto: Ellyo Teixeira/G1.Daniela Mercury foi a principal atração

A fala de Marinalva foi um dos poucos momentos sérios da Parada da Diversidade que reuniu milhares pessoas fantasiadas com muito bom humor. É o caso do funcionário público Darlan Oliveira, que veio vestido de Papa Francisco em homenagem ao discurso que o pontífice durante a Jornada Mundial da Juventude realizada no Rio de Janeiro. “Quem sou eu para julgar os gays?”, disse o argentino no mês de julho.

“Aproveitando a vinda do Papa para o Brasil e o pronunciamento demonstrando igualdade a todas as pessoas, religiões e raças. A Parada tornou-se um movimento maior e ela existe para que as pessoas mostrem realmente o que são”, diz.

Participando pela primeira da vez do evento, a empresária Fábia Dourado, que veio vestida de Mulher Gato, afirma que o encontro serve para que todos possam se expressar da forma que quiser. “É o primeiro ano que participa e agora tenho certeza que virei nos próximos anos. Esta roupa custou R$ 300 reais e precisou de 20 dias para ser feita e não me arrependo de nada disso. Esse é o momento de cada um expressar o seu comportamento diante de todos da maneira que quiser”, opina a proprietária de um salão de beleza.

As informações são do G1.