Com o fim do humorístico dominical Aventuras do Didi, que foi cortado pela Globo no início do ano passado, Dedé Santana se manteve contratado pela emissora: dedica-se agora a telefilmes capitaneados por Renato Aragão. O primeiro foi Didi, O Peregrino, exibido em dezembro. O próximo será Didi e os Segredo dos Anjos, dirigido por João Daniel Tikhomiroff, que será rodado depois da Copa e ainda não tem data para ir ao ar.

Fora da televisão, Dedé estará no elenco da adaptação para musical do filme de 1981 Os Saltimbancos Trapalhões, que estreia no segundo semestre, no Rio.

Mesmo assim, o trapalhão, de 78 anos, que mora em Itajaí (SC) desde 1990, conta estar convivendo com uma sensação amarga de esquecimento.

"Gostaria de estar mais ativo na televisão. Falo com minha mulher: se ficar em casa, fico velho. Sinto que só vão me homenagear só quando eu morrer. O Vídeo Show começou a fazer uma calçada da fama, em que o artista bota a mão no cimento, e nunca me convidaram. Nem o Faustão. Ele deve estar esperando eu morrer para fazer homenagem. Eu me sinto deixado de lado”, desabafa Dedé em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

A mágoa se estende ao cinema.

“Além de atuar, dirigi e fiz o roteiro de alguns filmes dos Trapalhões e nunca fui valorizado no cinema. Nunca me chamaram para um prêmio de reconhecimento no Festival de Gramado, nem sequer para assistir".

Pai de oito filhos e avô de oito, Dedé é casado há 25 anos com Christiane Dubritz (minha rainha), seu segundo casamento.

"Sou trapalhão, mas não sou burro de deixá-la”, brinca ele.

Com informações de O Fuxico