O laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) afirma que não é possível determinar o momento em que o carro da médica Kátia Vargas Leal teria colidido na moto dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, 21 e 22, mortos no dia 11 de outubro na Ondina. Com isso o advogado de defesa da oftalmologista, Sérgio Habib, vai alegar que não a médica não teve intenção de matar.
Na conclusão do documento, os engenheiros e peritos criminais Antônio José Góes Gil Ferreira e José Roberto Aragão de Araújo atestam: “Não foi possível registrar o momento exato do contato entre os veículos envolvidos devido à posição das câmeras, distâncias destas ao local do fato e existência de obstáculos entre os equipamentos de captura e o local do fato”.
Com base no documento, o advogado da médica chamou a colisão de “suposição”. “A perícia do vídeo foi inconclusiva. Se aconteceu realmente o que o MP está afirmando, não aparece nas imagens”, afirmou. “Existem obstáculos, como árvores e um posto de iluminação pública que impossibilitaram a visibilidade no momento do acidente, o que faz com que a colisão seja uma suposição da polícia e do MP”, declarou Habib ao jornal Correio*.