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Os deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB) e José Carlos Araújo (PSD), titulares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar irregularidades na gestão da Petrobras, receberam doações de empresas envolvidas no esquema investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), para as suas campanhas. Eles disputaram as eleições de outubro deste ano em chapas distintas e ambos conseguiram ser eleitos – inclusive, o pemedebista foi o deputado mais votado da Bahia.

Lúcio Vieira Lima recebeu uma doação de R$ 732 mil, em cheque, da Construtora OAS S.A através da Direção Estadual do seu partido. O total arrecadado pelo deputado foi de R$ 2.424.750. Já José Carlos recebeu 70 doações fracionadas da campanha do governador eleito Rui Costa (PT), no valor total de R$ 11.842,14, cujas doadoras originárias foram a Construtora OAS – R$ 8.995,73 e a UTC Engenharia S.A – R$ 2.846,41. A quantia significa um aproximado de 0,01% da arrecadação do parlamentar, que conseguiu amealhar R$ 1.224.075,56.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, as empresas investigadas doaram dinheiro para 12 dos 32 deputados da CPMI somente para a campanha deste ano. Os deputados baianos Afonso Florence (PT), Antônio Brito (PTB) e João Bacelar (PR) são suplentes da comissão no Congresso. Do total de R$ 1.293.228 arrecadados, o petebista recebeu R$ 2.855,41 da UTC Engenharia e 4.437, 71 da OAS, através da campanha de Rui Costa. Por meio da direção estadual do PR, João Bacelar ganhou R$ 556 da UTC e R$ 104,5 mil da OAS do total de R$ 382.654 angariados.