O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso, Antônio Pôssas de Carvalho, disse que irá investir em segurança nas unidades prisionais depois que detentos da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, foram flagrados utilizando as redes sociais para mostrar a rotina na prisão. A revista dos visitantes, segundo o secretário, contará com o auxílio de cães farejadores para evitar a entrada de droga no presídio. "Para melhorar a revista, vamos começar a adotar o sistema de cães farejadores aos visitantes e ainda vamos bloquear os sinais de celulares e da internet sem fio da carceragem. Isso será a curtíssimo prazo", declarou.

Além disso, o secretário afirmou que a greve dos agentes prisionais que já dura uma semana também prejudica a revista minuciosa no interior das unidades do estado. Ele disse ainda que já foi instaurado um processo de sindicância para investigar o acesso dos detentos da Penitenciária Central à internet. Em uma postagem no Facebook, um dos presos diz que 'nada [de dentro do presídio] é de graça', se referindo ao acesso à internet.

Diante da greve dos servidores do sistema prisional, que agrava a situação, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) disse ter cobrado agilidade em busca de uma solução para acabar com a paralisação e mais rigor nas revistas para evitar a entrada de celulares no presídio. "A ausência dos agentes penitenciários e de maior efetivo da polícia em apoio a esses agentes causam indisciplina na prisão. É inadmissível um preso ter celular dentro da cadeia e isso acontece há muito tempo", disse o presidente da OAB-MT, Maurício Aude.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional do Estado, João Batista Souza, o uso de celulares com internet por parte dos presos é algo corriqueiro e que é difícil para a fiscalização coibir a entrada desses aparelhos.

Nas imagens postadas em uma rede social é possível observar um dos presos fumando, supostamente, um cigarro de maconha. O mesmo grupo de presos aparece em outra imagem dentro de uma cela jogando videogame. Em uma publicação, um dos detentos escreve que o ato de jogar videogame na cela 'é apenas uma regalia que o dinheiro proporciona'. Ainda nos relatos postados na rede social, um deles informa que a droga utilizada no presídio é levada por mulheres durante os dias de visita. Fonte: G1