A presidenta Dilma Rousseff (PT) disse nesta quarta-feira, 12, que não fará imediatamente a reforma ministerial para montar a equipe de seu segundo mandato. Segundo a petista, não há um prazo definido para que as mudanças comecem. Dilma também comentou a decisão da ministra Marta Suplicy de entregar a carta de demissão quando a presidenta deixou o Brasil em viagem oficial. Ela disse que conversou com Marta antes de viajar e conhecia o teor da carta.

“Não estabeleci prazo e não vou fazer a reforma [ministerial] imediatamente, vou fazê-la por partes”, disse a presidenta a jornalistas em Doha, no Catar.

Na avaliação da presidenta, Marta Suplicy não teve qualquer atitude incorreta na forma como entregou a carta de demissão. “Ela me disse o teor da carta antes de eu viajar, mas logo depois que fui reeleita a ministra falou comigo que sairia. Ela não fez nada de diferente, não teve nenhuma atitude incorreta, ela me disse que sairia e eu aceitei. Acertamos que ela me enviaria uma carta, a estrutura de praxe”, disse.

Sobre o trecho onde Marta diz que os brasileiros desejam que a presidenta seja iluminada na escolha de sua equipe de trabalho e que a equipe econômica possa resgatar a confiança e credibilidade ao seu governo, Dilma se limitou a dizer que “essa é uma opinião dela e as pessoas têm direito a dar opinião”.

Perguntada por jornalistas se há preocupação em relação à investigação sobre a Petrobras nos Estados Unidos, a presidenta respondeu que não. “Não. Isso faz parte das regras do jogo. Empresas cotadas na Bolsa de Nova York tem de prestar contas segundo as regras da Bolsa de Nova York, que também não são muito diferentes das brasileiras. Além disso, os Estados Unidos têm de investigar se tem cidadãos americanos envolvidos em alguma irregularidade”, avaliou.

Redação com informações da Agência Brasil