Conceituar a felicidade é fácil.

Vivenciá-la é o que torna mais difícil:

– Felicidade é um estado de verdade, consciência e plenitude, afirmou Buda.

– A felicidade começa onde a infelicidade termina.

– Qualidade ou estado de feliz.

Ventura, contentamento, sucesso e êxito.

– É algo inexplicável com palavras e perceptível na alma.

– Sensação de que estar completo, pleno e em sintonia com o mundo espiritual
e material.

– Sentimento de prazer e bem-estar.

Quais fatores podem contribuir para a felicidade?

A felicidade é algo peculiar e misterioso e se baseia em sentimentos perceptivos e menos na aparência.

Uma pessoa alegre e sorridente pode guardar dentro de si uma enorme infelicidade.

Vejamos alguns fatores universais, que podem influenciar na felicidade:

Família
Realização profissional
Vida financeira equilibrada
Bons relacionamentos e amigos
Saúde
Religião e crenças pessoais
Amor e solidariedade
Inteligência e sabedoria
Metas e visão de futuro

Por outro lado, podemos afirmar que o contrário daquilo que traz felicidade, pode provocar a infelicidade.

Entretanto, os seres humanos são complexos e em suas mentes existem segredos indecifráveis.

Às vezes possuímos tudo que alguém pode desejar e mesmo assim não nos sentimos felizes.

Isso pode ocorrer por vários motivos: inveja, ingratidão, ódio, ambição, entre outros, além dos casos patológicos, a exemplo da depressão.

Felicidade X hedonismo

Hedonismo vem do grego hedoné, que significa prazer.

É uma doutrina que atribui ao prazer individual e imediato o único bem possível, princípio e fim da vida.

É fato que a maioria das pessoas vive para evitar sofrimento e por outro lado, buscar o prazer e a satisfação.

Muitos economistas do passado e do presente, que contribuíram para criar o atual modelo econômico, imaginaram que a abundância de produtos e serviços iria solucionar quase todos os motivos da infelicidade.

Com isso, automaticamente, levaria o ser humano à felicidade.

Dentro da mesma premissa, as máquinas começaram a substituir o homem, com a finalidade principal de libertá-lo das atividades que exigiam maior esforço físico, colocando-o em funções mais intelectuais.

Muitos afirmaram que iria haver uma substancial diminuição da jornada de trabalho, contribuindo para que os profissionais se dedicassem à família e ao lazer.

De fato a máquina aumentou a produtividade.

Em contrapartida, as empresas reduziram drasticamente o número de funcionários.

Os que permaneceram, tiveram que acumular as funções daqueles que foram demitidos ou se aposentaram.

Não há dúvida de que a oferta de bens materiais e de serviços aumentou e trouxe conforto e felicidade momentâneos.

Como quase tudo na vida funciona como uma faca; um lado alisa e o outro corta! É da natureza do homem ser ambicioso e desejar sempre mais.

Há um ditado popular que afirma: “O ser humano é um eterno insatisfeito.

Vivemos o exagero do consumo e para obter esses bens precisamos trabalhar e produzir mais.

A “cultura do sucesso” nos leva a ter produtos e serviços que reforcem o nosso status social – casas, carros, roupas, eletroeletrônicos e assim por diante.

Talvez o hedonismo seja mais reflexo do problema do que o problema em si.

Como estamos trabalhando cada vez mais para conseguir os bens de consumo e para ganhar dinheiro, objetivando pagar as contas, não temos tempo e disposição para nos dedicar ao que verdadeiramente nos leva à felicidade, a exemplo da família, amigos, religiosidade e, principalmente, a busca do autoconhecimento.

Gostaria de convidá-lo a interromper a leitura e refletir sobre as seguintes perguntas:

– Você está mais feliz do que foi no passado recente ou distante?
– Ao conversar com pessoas idosas, qual a opinião delas sobre o que mais lhes
proporcionam felicidade?
– Se você tivesse todo o dinheiro do mundo, o que gostaria de comprar e que não é possível
obtê-lo nesse momento?

Falar sobre um tema tão abrangente e subjetivo é algo muito difícil.

Creio que o mais importante é saber que a nossa eterna busca será alcançar a felicidade.

Às vezes ela pode está muito próxima e não a percebemos, pois somos absorvidos pela rotina da vida: trabalhar, consumir, pagar, comprar e ganhar mais dinheiro.

*Autor: Carlos Prates – Retirado do Blog de Empregos – Ibahia