Helena (Julia Lemmertz) volta a brigar com Virgílio (Humberto Martins) por causa de Laerte (Gabriel Braga Nunes). Nos próximos capítulos, o escultor diz à mulher que apoiaria um romance entre Luiza (Bruna Marquezine) e Laerte, e Helena tem um surto. A briga acontece depois que ela acha no quarto da filha o caderno da faculdade com os desenhos do ex-noivo. Helena fica horrorizada e corre para mostrar a Virgílio. "Olha, Virgílio, o caderno da Luiza! Não disse pra você? Eu avisei que isto estava acontecendo! Luiza e aquele demônio. Ela age como se estivesse interessada nele. Não tá vendo? São desenhos dele, olha a flauta, a figura, não reconhece? Virgílio, por que você teima em me contrariar?", pergunta ela, diante da calma do marido.

Ele diz que os desenhos são bobagens, coisa de menina e conta que já conversou com Luiza sobre Laerte. "E ela me disse, me garantiu, que não tem nenhum interesse no Laerte. Perguntei, com todas as letras. Fui franco. E ela… ela me disse claramente… o que eu te falei! Mas, eu sei, que ele é um artista, tem carisma, natural que exerça um fascínio sobre as meninas", diz. Helena fica chocada. " Nada que vem dele é natural. Muito pelo contrário. Esta aproximação dos dois… Agora, neste exato momento, onde está nossa filha? No recital dele. Amanhã estará enfiada naquele galpão, até sabe deus que horas. Com ele!", grita Helena.

Virgílio tenta acalmar a mulher e diz que quanto mais ela chamar atenção, pior vai ser. "Luiza tá na idade de contestar, de querer afirmar a própria personalidade. Mas tem o mesmo temperamento forte que você tinha na idde dela. E é curiosa! O passado, sempre tão lembrado por você, todos os dias, mexe com o imaginário dela. É uma garota contra a mãe. Tem um quê de proibido em tudo isso", fala Virgílio. Helena reage, furiosa. "Não estou acreditando. É isso mesmo? Dá um jeito de torcer os fatos e virar contra mim? Agora eu sou a culpada se a Luiza se interessar por ele? Eu!", diz.

Virgílio se mostra impaciente, já irritado. Ela percebe. "Você está perdendo a paciência comigo, já percebi", fala. E o escultor concorda. "Tenho que confessar que estou. Não gosto de você fazendo esse papel policialesco de fuçar as coisas da nossa filha!", brada ele. Helena se irrita e diz que foi sem querer. "Nada é sem querer! A Luiza ainda vai querer sair aqui de casa, já falou nisso – não falou? – Então. Ela e a Alice têm esse projeto. Querem alugar um apartamento só pra elas!". A leiloeira fala que a filha é uma criança e ele se estressa mais. "Aí é que você se engana! Você está tratando ela como uma criança. E ela já está cheia disso!", grita. Chocada, Helena fala que ele nunca falou assim com ela. "Você está acostumada a não ser contestada. Mas eu também estou cheio da mesma conversa todos os dias e todas as noites. Durmo com você no meu ouvido, falando, falando, falando! E sempre a mesma coisa! Caramba, pensa em você, viva! E deixe a nossa filha viver!", pede Virgílio.

Mais calmo, Virgílio tenta conversar melhor com a mjulher. "Escuta, presta atenção. Vou repetir o que já disse pra você mais de uma vez. Se a nossa filha se apaixonar pelo Laerte", fala ele, que percebe que ela faz uma careta e ironiza. "Ó, meu Deus, não se pode falar nesta casa o nome de Laerte! Continuando: se a nossa filha se apaixonar pelo Laerte, quiser casar com ele, pode preparar um lindo vestido – porque nós vamos estar presentes! Eu pelo menos, vou! E tudo que eu vou desejar para ela – é que seja muito feliz e me dê lindos netos!", diz Virgílio.

Helena rompe com ódio e xinga o marido: "Cretino! Não tem o direito de me ofender com essa história! A minha história!". Virgílio grita também. "A nossa história! Não é você que diz que eu devo olhar no espelho todas as manhãs, ver a marca na minha cara – e sentir ódio por ele? Pois não é no espelho que eu vejo isso, não. É em você, em você é que eu vejo as marcas que ele deixou! Já devia ter superado, já devia olhar o rapaz com indiferença e lembrar desse amor como um acontecimento da juventude que acabou em tragédia porque fomos todos – todos, eu inclusive – culpados", fala ele, que sai fechando com força a porta do quarto. Ela fica muda e vai para diante do espelho. Olha-se bem e depois atira alguma coisa contra ele, quebrando o espelho. *Extra Globo.