Virgílio (Humberto Martins) abandonou de vez o ar pacato que tinha na novela "Em família". Depois de dar uma surra em Laerte (Gabriel Braga Nunes), o escultor vai se recusar a abençoar a união do flautista com Luiza (Bruna Marquezine), mudando também de postura quando o assunto é seu apoio, até então incondicional, à herdeira.

A jovem pedirá a bênção do pai, mas não vai adiantar. Já de cara, o marido de Helena (Julia Lemmertz) dirá que a filha precisa ter o aval de sua consciência, e a jovem responderá que não gosta de conversas que não dizem nada, mas parecem dizer muita coisa. Ela também atacará o pai: "Odeio quando você faz esse jogo comigo! Não tenho a sua idade pra decifrar esse tipo de charada".

O escultor falará que não é a idade que ensina. "Vai aprender com o sofrimento, não obrigatoriamente com a idade. Eu pobre e sofrido, aos 10 anos, sabia mais do que meninos de 15, criados no conforto de suas famílias ricas", joga ele. Tentando controlar a impaciência, Luiza pede de novo a bênção para o casamento dela com Laerte. "Tudo bem, pai. Já tenho a aprovação da minha consciência. Quero a sua agora", afirma.

Mas Virgílio se mantém em silêncio enquanto a jovem aguarda ansiosa. Percebendo não terá uma resposta positiva do pai, a universitária diz, já com lágrimas nos olhos: "Se vai me negar a sua bênção, prefiro que não diga nada. Eu vou entender com o seu silêncio que você não aprova o meu casamento".

O marido de Helena explica que o problema não é a cerimônia. "Não o seu casamento, mas o noivo. O noivo é que eu não aprovo", fala ele, amargurado. Mas Luiza, decidida como é, não baixa a guarda e reafirma seu amor por Laerte. "Que triste ouvir isso", lamenta Virgílio. Decepcionada com a atitude do pai, a jovem apela. "A vida inteira, até dois dias atrás, o que foi que eu ouvi de você? Que o que você queria, o que sempre quis, é que eu fosse feliz! Que isso era o que importava pra você. E mais: que isso é o que devia importar para todo pai e toda mãe. A felicidade dos filhos. Não importa que escolhas façam para viver suas vidas", afirma. E o pai zeloso usa isso para justificar seu silêncio. "Por continuar pensando assim é que hesito em lhe dar a minha bênção: a certeza que eu tenho de que você não será feliz", fala.

Mas a jovem não acredita no que ouve e se irrita, mais uma vez, com a certeza que as pessoas têm de que ela será infeliz e que a história dele com o flautista será uma reprise da tragédia que aconteceu há 20 anos em Goiânia. "Lá vem você com essa história! Não está satisfeito com a briga, com o espancamento que ele sofreu de você? Com a humilhação que impos a mim e a ele? Com a vergonha que ele sentiu diante das pessoas que trabalham lá? Diante daqueles que admiram ele como grande artista que é?", quer saber Luiza, lembrando a cena em que Virgílio dá uma surra em Laerte dentro do Galpão Cultural.

Ele se defende, mas Luiza já não quer saber da história e, antes de sair do ateliê do pai, decide dar um basta na situação, mas reforça seu amor pela família: "Pra mim chega, pai. Não tenho mais nada a pedir a você. À mamãe então nem vou tentar. Me caso sem a benção de vocês. Agora, mais do que nunca, vou provar que estão errados e sendo injustos e cruéis comigo. Continuo te amando. E vou mandar convite para o meu casamento".

Virgílio fica amargurado com a situação e até pensa em chamar a filha, mas a deixa ir embora. Com raiva, ele usa a talhadeira que tem na mão e corta ao maio uma das imagens em que estava trabalhando. Com informações do Extra Globo.