O Brasil ampliou o número de empregos formais em 43,5% entre 2001 e 2009, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta quarta-feira (27).

Há oito anos, havia 28,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada e, em 2009, esse quadro subiu para 41 milhões de brasileiros.

No mesmo período, a população economicamente ativa no país aumentou 21,5% e passou de 83,2 milhões de pessoas para 101,1 milhões.

De acordo com o Ipea, a contratação de empregados com carteira de trabalho assinada, que subiu 46% no período, alavancou a formalização.

Os novos funcionários públicos, cujo número cresceu 38% entre 2001 e 2009, e os trabalhadores domésticos formalizados, com alta de 30% no período, também contribuíram para os resultados.

Informalidade
Assim como o trabalho formal, o número de trabalhadores informais também subiu entre 2001 e 2009, ainda que em ritmo mais moderado.

A quantidade de empregados informais subiu 9,2% e passou de 43,7 milhões para 47,7 milhões em oito anos.

O Ipea destaca que, apesar da alta menor que o trabalho formal, “as ocupações informais ainda são em maior número”.

O trabalho informal registrou os maiores crescimentos em profissões como a dos trabalhadores domésticos sem carteira (20%), trabalhadores por conta própria (12,1%) e dos empregados sem carteira assinada (10,3%).

O instituto alerta, no estudo, que a formalização só cresceu porque houve a criação de vagas legalizadas.

– Em resumo, os dados indicam que o processo de formalização do mercado de trabalho brasileiro ocorreu mais por meio do aumento dos postos de trabalhos com carteira assinada [e também funcionários públicos] do que pela redução das ocupações informais [aumento de 12,4 milhões contra 4 milhões].

* Fonte: R7