Quem já fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e está habituado aos tradicionais envelopes para colocar os objetos proibidos no ambiente de aplicação da prova, como celulares, apostilas e aparelhos eletrônicos, vai se deparar, este ano, com um novo procedimento de segurança: o uso de detectores de metais.

O edital do Enem 2014, publicado ontem no Diário Oficial da União, prevê que, “nos dias de realização do Exame, o participante poderá ser submetido à revista eletrônica nos locais de provas, a qualquer momento, por meio do uso de detector de metais”.

De acordo com o diretor de Planejamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Dênis Menezes da Silva, o procedimento é uma iniciativa que não vai ter custos adicionais ao processo.

“As aplicadoras já dispõem desse equipamento, já fazem isso em várias aplicações pelas experiências que executam. E nós estamos trazendo esse procedimento como melhoria do processo em garantir a isonomia a todos os participantes”, declarou.

Segundo Dênis, o detector é portátil e será utilizado dentro do ambiente de aplicação de provas, nos momentos que o fiscal entender que deva ser operado.

“No edital tem uma previsão de que, a menos que o estudante apresente alguma justificativa de que ele não deva receber esse monitoramento, ele terá que fazer essa detecção”, disse o ministro da Educação, Henrique Paim.

Para o vendedor André Luís Sena, 21 anos, que fará o Enem pela primeira vez este ano, as medidas de segurança são aceitáveis. “Toda medida de segurança é bem-vinda. Se o uso dos aparelhos garantir a segurança e impedir a pesca, acho válido. O problema é se eles ficarem retirando a gente da sala depois que começar a prova. Mesmo se fizerem isso depois que a gente estiver voltando do banheiro, vai atrasar no processo”, disse.

Com informações do Correio