Começaram a circular este mês um grupo de 10 ônibus da empresa Praia Grande com a tecnologia de ônibus inteligente.

Desenvolvidos pela empresa baiana Softwell, o Tech Bus permite ao mesmo tempo o acesso à internet gratuito via wireless para os usuários e o monitoramento via GPS da localização dos ônibus.

De acordo com o CEO da Softwell, Wellington Freire, já está definida a aplicação dessa inovação tecnológica no Grupo Evangelista (Gevan) – que reúne as empresa Axé Transportes, Jeovanza, Boa Viagem, União, além da Praia Grande –, mas a meta é alcançar no futuro outros modais.

 “Com a nossa tecnologia, você pode ter uma central de monitoramento que acompanhe o trânsito da cidade inteira.

As empresas podem acompanhar quais veículos estão andando mais rápido ou estão atrasados e informar ao passageiro o horário que o ônibus vai chegar no ponto, dando a ele uma previsibilidade”, destacou.

O plano de Freire é usar a experiência inicial com o grupo Gevan para ganhar visibilidade e atrair novos clientes, como os consórcios que implementarão os projetos de mobilidade.

A ideia do ônibus inteligente surgiu há oito anos, mas à época não havia tecnologia suficiente.

“Precisamos desenvolver as ferramentas tecnológicas e depois criar a solução”, relatou.

Esse processo iniciou-se há três anos e já envolveu 22 profissionais.

Quando a sua utilização alcançar capacidade plena, absorverá aproximadamente 50 profissionais.

“O projeto permite que analistas e responsáveis por decisões do Grupo Gevan tenham acesso rápido às informações históricas e operacionais, proporcionando uma tomada de decisão mais inteligente”, relatou o vice-presidente da Gevan, Matheos Souza.

Outra proposta do Tech Bus é apoiar ações de segurança, uma vez que o interior dos veículos serão filmados.

Os ônibus serão equipados com computador de bordo, rede wi-fi e televisores de LCD e  suporte para equipamentos de segurança e vigilância.

O Tech Bus foi desenvolvido na concepção de cidade inteligente/planeta inteligente, do grupo IBM e com base na plataforma de desenvolvimento Maker, criada há três anos e meio pela empresa baiana, que ano passado foi considerada a corporação mais criativa pela Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), do Ministério de Ciência e Tecnologia .

“Nós utilizamos neste projeto componentes do IBM, que foi preponderante”, afirmou Freire.

Dois veículos da IBM usam a tecnologia em São Paulo, na rota São Paulo capital-Hortolândia.

A expansão em novos modais – que inclui também ônibus de passeio turístico – não deverá está concluída até à Copa, mas a empresa e parceiros avançarão o máximo que puderem, informa o dirigente da Softwell.

 

*Com informações: Tribuna da Bahia