O presidente do PCdoB em Simões Filho, Antônio Gavião, afirmou nesta quinta-feira, 12, durante entrevista ao radialista Roque Santos, no programa Além da Notícia, que o partido vai disputar a prefeitura do município nas eleições que ocorrerão em 2016. Na oportunidade, o dirigente falou ainda do rompimento com o prefeito Eduardo Alencar (PSD) e da saída do atual secretário de cultura da cidade, Jorge Salles, da legenda.

Ao ser questionado sobre o fato de Jorge Salles ter declarado que não concordou com o fim da aliança entre o PCdoB e o governo, tendo em vista que o atual gestor municipal teria cumprindo com tudo que prometeu a legenda após ter conseguido apoio para sua reeleição. Gavião foi categórico ao dizer que o partido não busca interesses próprios, mas preza pelo melhor para a sociedade. "Resolvemos entrar na administração com o intuito de crescer na gestão municipal, mas ao longo do tempo percebemos que a administração não estava correspondendo aos interesses da sociedade. Se não estava servindo a cidade, como é que a gestão estaria servindo ao PCdoB?", questionou.

Gavião acrescentou ainda, que a agremiação rompeu com o governo no intuito de conduzir um processo eleitoral no pleito que acontecerá no ano que vem. "Pode ter certeza que nós estaremos com uma candidatura em 2016. Nós vamos partir para a disputa", garantiu. Segundo o dirigente, pensando nessa candidatura, o grupo tem conversado com diversas lideranças políticas da cidade com a finalidade de obter apoio e construir o projeto de administração.

Questionado pelo radialista sobre nomes que poderiam encabeçar a chapa na disputa pelo executivo municipal, Gavião citou o nome de Cézar Diesel (PT) como uma das opções do grupo e não descartou o nome do ex vice-prefeito Diogénes Tolentino (PMDB), mais conhecido como Dinha. " Dinha é uma pessoa que tem um nome na cidade, tem uma história e não podemos desconsiderar a possibilidade", ressaltou.

Sobre a saída de Jorge Salles do PCdoB, Gavião garantiu que o ex-companheiro de partido não foi expulso, mas ficou acertado em uma reunião que ele pediria desfiliação da legenda. O dirigente disse também que não se sente traído por Salles, segundo ele, não só o secretário de Cultura, como outras pessoas que deixaram o PCdoB, optaram por sair do partido em busca de outros ideais. "Não sigo por essa linha, não fomos traídos, as pessoas que abdicaram do projeto do PCdoB e abraçaram outros partidos que tinham outros tipos de projetos", concluiu.

Redação Bahia no Ar