O vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão (PP) não foi nem um pouco elegante ao comentar o fato de ter seu nome citado na lista divulgada pelo Superior Tribunal Federal (STF sobre políticos envolvidos em inquéritos da Operação Lava-Jato.

Segundo matéria da Folha de São Paulo publicada neste sábado, 07, Leão teria dito que não entende porque foi incluído nas investigações e adisse estar “ cagando e andando, em bom português, na cabeça desses cornos todos”, o vice-governador estaria se referindo as pessoas que o citaram nas apurações.

Como a maioria dos políticos apontados pelo STF, Leão nega envolvimento no caso e afirmou que embarca para Brasília nesta segunda-feira, 09, para esclarecer porque foi ligado ao escândalo.

Atual secretário estadual de Planejamento, João Leão se define como um “cara sério” que pode bater no peito para dizer que não tem culpa. Ele suspeita ter sido arrolado no inquérito por ter recebido na eleição de 2010 doações da empreiteira OAS, uma das investigadas na Lava Jato. “Mas quem recebeu recursos legais, na conta legal, tem culpa?”

Veja a nota de João Leão

“Estou tão surpreso quanto tantos outros,não sei porque meu nome saiu. Nem conhecia esse povo. Acredito que pode ter sido por ter recebido recursos em 2010 das empresas que estão envolvidas na operação. Mas, botar meu nome numa zorra dessas? Não entendo. O que pode ser feito é esperar ser citado e me defender. Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa. Segunda-feira vou para Brasília saber porque estou envolvido […] Recebi recursos da OAS [em 2010] mas quem recebeu recursos legais, na conta legal, tem culpa?”.