A cozinheira, na delegacia

Presa desde a noite desta segunda-feira, sob a acusação de torturar o filho de 8 anos, uma cozinheira de 36 disse, na manhã desta terça, estar arrependida do crime. Ela não chegou a agredir o menino, mas autorizou que o padrasto o fizesse. O homem, de 37 anos, está também está preso. O casal foi autuado por tortura – crime inafiançável, cuja pena pode chegar a oito anos – já teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

A cozinheira alegou que deixou que o filho fosse espancado com o auxílio de uma sandália e um cinto porque não sabia como manter o menino em casa. Ela alega que o garoto sai de casa, em Rio das Pedras, Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, para praticar pequenos furtos.

– Pedi para ele bater porque me senti perdida por não saber mais o que fazer para educar meu filho. Mas chegou uma hora em que vi que ele passava dos limites e pedi para parar de bater. Mas ele estava descontrolado e não parou. Me dói demais lembrar do que aconteceu. Estou muito arrependida – contou ela, chorando muito.

O rosto do menino, marcado pelos machucados

A mulher disse que tem outros cinco filhos e nunca bateu em nenhum deles.

Já o padrasto não demonstra qualquer arrependimento. Segundo ele, o garoto vinha contando mentiras e, na segunda-feira, “foi a gota d´água”.

– Bati porqe ele estava mentindo e fazendo pequenos furtos. A mãe estava cansada de pedir para ele parar e nada – contou o vidraceiro.

O casal foi preso depois que a criança, muito machucada, foi até a casa do pai, que mora perto. Lá, o garoto – com o rosto muito machucado – contou o que acontecera. O pai, então, chamou policiais militares do 18º BPM (Jacarepaguá), que prenderam mãe e padrasto em flagrante.

– Foi uma covardia o que fizeram com meu filho. Vou tentar conseguir a guarda dele – disse o pai do menino.

As informações são do Extra Globo.